BANCO COMERCIAL E INDUSTRIAL DA CHINA CONCRETIZA NEGÓCIO ACORDADO EM 2007
Stanley Ho vendeu
80 por cento do Seng Heng
Stanley Ho vendeu
80 por cento do Seng Heng
O Banco Comercial e Industrial da China, o maior banco chinês em activos, concretizou ontem a compra de 79,93 por cento do banco Seng Heng, controlado por Stanley Ho, por 4.683,3 milhões de patacas.
O acordo da compra do Seng Heng tinha sido efectuado em Agosto de 2007, mas acabou por ser concretizado ontem, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, e do presidente do Conselho de Administração da Autoridade Monetária de Macau, Anselmo Teng.
Com a nova estrutura accionista, o presidente do Banco Comercial e Industrial da China, Jiang Jianqing passou também a liderar o Seng Heng e Patrick Huen, que até agora liderava a instituição, passou para vice-presidente.
Em termos globais, o Banco Comercial e Industrial da China pagou 4.683,3 milhões de patacas pelas acções que eram detidas pela Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), controlada por Stanley Ho, e por Patrick Huen, que passa agora apenas a ser dono de cerca de 20 por cento do capital do banco.
"A única forma de continuar a crescer"
Fonte ligada ao processo explicou à agência Lusa que a venda do Seng Heng "era a única forma de permitir a manutenção do crescimento da instituição" que passa agora a ser detida por um banco "com uma forte capacidade de inovar, criar novos produtos e ser mais agressivo no mercado de Macau com vantagens para os residentes locais".
Já Patrick Huen disse aos jornalistas que apesar da venda do capital da STDM ao banco chinês, a estrutura accionista continua interessada em expandir os seus negócios para fora de Macau, nomeadamente alargando a actividade em Portugal com a banca de retalho em vez de ter apenas um escritório de representação e, a partir de Lisboa, para outros países lusófonos como Angola ou Moçambique.
Stanley Ho controlava o Seng Heng através da STDM, que comprou a maioria do capital do banco em 1989, 17 anos após a sua fundação no território.
Os últimos dados disponíveis indicavam que o Seng Heng empregava, em meados do ano passado, 314 pessoas em nove balcões em Macau e tinha activos de 3,2 mil milhões de dólares americanos, sendo ainda a segunda maior instituição local a seguir ao Tai Fung com os lucros de 2006 a atingirem 312 milhões de patacas.