Presidente da ACTM aprova ideia do Executivo, mas deixa o alerta
"Macau ainda não está preparada para o GPL"
"Macau ainda não está preparada para o GPL"
Kuok Leong Son , presidente da associação de condutores de táxis de Macau (ACTM), concorda com a ideia do Governo em introduzir transportes públicos movidos a gás natural. Ao mesmo tempo, alertou, em declarações ao diário local Si Man, para o facto de não estarem, ainda, criadas as condições necessárias à implementação do projecto.
Primeiro, defende Leong Son, há vários problemas técnicos que precisam ser resolvidos: "Os postos de abastecimento do território não estão preparados para os veículos movidos a gás natural, e mesmo os veículos que circulam actualmente não podem ser transformados para o GPL, além de que estes veículos têm uma autonomia de apenas 160 km, o que obrigaria os taxistas a abastecer 2 ou 3 vezes por dia. Se não houver postos suficientes, as filas acumulam-se e o impacto na indústria pode ser negativo."
Ainda assim, o presidente da ACTM considera que esta poderá ser uma medida positiva, uma vez que o gás natural permite uma poupança de cerca de um quarto dos custos em relação há gasolina, e, num plano ecológico, a redução das emissões de gases tóxicos para a atmosfera.
No artigo publicado pelo Si Man, Kuok Leong frisa que Macau "não está preparado, nem vai estar" para este projecto até ao final do ano: "Serão necessários alguns anos". O presidente da ACTM teme que o Executivo seja demasiado ambicioso e queira implementar a medida sem que estejam reunidas todas as condições, inclusive a alteração da lei: "Actualmente, os regulamentos obrigam a que os táxis tenham motores de 2000cc de potência, e no mercado a generalidade dos veículos movidos a gás é de 1400 ou 1500 cc".