Sio Chi Wai, Presidente do CPEDM apoia decisão do Executivo
"Não são 5 mil patacas
que vão criar acomodação"
"Não são 5 mil patacas
que vão criar acomodação"
A atribuição de 5000 patacas aos residentes da RAEM continua a provocar reacções. Desta feita, foi o Presidente do Centro de Pesquisa Estratégica para o desenvolvimento de Macau (CPEDM), Sio Chi Wai, em declarações reproduzidas pelo jornal Ou Mun, a manifestar a sua concordância com a medida do Governo da RAEM.
Para Sio Chi Wai, esta é uma media justa: "Afinal de contas, a riqueza dos cofres do Executivo é fruto do trabalho local", justificou.
O presidente da CPEDM considera mesmo que esta é a melhor forma de "poupar dinheiro ao mesmo tempo que se aliviam as dificuldades dos cidadãos e ainda se retribui riqueza aos cidadãos.
Adoptar outras medidas no combate a inflação, defendeu, como baixar as taxas de juro, iria implicar o uso de imensos recursos, por exemplo, para se perceber que grupos de pessoas estavam qualificados a usufruir dessa medida. "Atribuir dinheiro directamente é uma forma de poupança", acrescentou.
Sio Chi Wai rebateu, ainda, o argumento de que a atribuição de dinheiro aos cidadãos pudesse criar uma acomodação nas pessoas: "Como vão 5 mil patacas criar acomodação? Além do mais, está é uma medida excepcional."
Da China surgem, entretanto, mais reacções. Um responsável da cidade chinesa de Dongguan, Liu Zhi Geng, confessou que se sentiu inspirado pela medida do Governo da RAEM, e pensa propor a atribuição de verbas temporárias aos residentes locais de forma a combater a inflação.
Também nos jornais chineses começa a ser veiculada a ideia de que as receitas financeiras devem ser distribuídas de forma equitativa, e que por isso as sociedades devem ter um plano para a distribuição de bónus pelos cidadãos. Defendem os jornais chineses que se os governos tiverem poder financeiro terão mais responsabilidades de fazer mais sacrifícios materiais pelos cidadãos, o que é justo e natural, advogam.