19.6.08

Voos directos entre Taiwan e China a partir de 4 de Julho
Onze companhias e 72 ligações
entre os dois lados Estreito


Onze companhias aéreas – cinco de Taiwan e seis do continente chinês - iniciam a 04 de Julho as ligações directas em regime charter entre os dois lados do Estreito, interrompidas em 1949 após a guerra civil chinesa.
Com um acordo para a realização, por cada um dos lados, de 18 voos de ida e volta entre sexta e segunda-feira, Taiwan e o continente chinês vão, em termos práticos, concretizar 72 ligações.
O número de voos a realizar entre ambos os lados do Estreito da Formosa não deverá, numa primeira fase, afectar de forma significativa as companhias que operam indirectamente os voos entre Taiwan e a China com escalas em Macau e Hong Kong.
Actualmente entre Macau e Taiwan são efectuadas 56 ligações diárias, número que sobe para 80 quando são contabilizados os voos entre Hong Kong e a ilha nacionalista.
Além das três principais companhias chinesas – China Southern, Air China e China Eastern – também as pequenas Hainan Airlines, Xiamen Airlines e Shanghai Airlines vão ligar cidades continentais chinesas a Taiwan.
Do lado da ilha nacionalista, as ligações ficarão a cargo da Mandarin Airlines, Transasia Airways, UNI Airways, China Airlines e EVA Airways.
Apesar de também possuir direitos de voo para o continente chinês, a Far Eastern Transport, operadora aérea de Taiwan, não vai voar, já que tem suspensas as suas operações desde 13 de Maio devido a problemas financeiros.
A realização de voos directos, que terão de passar sempre no espaço aéreo de Hong Kong, bem como o reforço dos laços de cooperação entre os dois lados do Estreito da Formosa foi uma das bandeiras da campanha de Ma Ying-jeou, o novo presidente de Taiwan, que aposta num Tratado de Paz com a China e na aproximação económica para melhorar as relações bilaterais e revitalizar a economia de Taiwan.
Apesar de, inicialmente, os voos entre os dois lados serem em regime charter e apenas entre sexta e segunda-feira, as ligações directas entre ambos os lados deverão, como explicou Ma Ying-jeou numa entrevista recente à agência Lusa, passar a diários em regime charter até ao final do ano e a voos regulares comuns até meados de 2009.
O início das ligações irá, a curto ou médio prazo, ter reflexos no número de passageiros no Aeroporto de Macau.
A análise foi feita por especialistas do sector da aviação tendo em consideração que, dos cerca de 5,5 milhões de pessoas que utilizaram a infra-estrutura em 2007, 2,5 milhões eram oriundos de Taiwan e destes cerca de um milhão estava em trânsito da ilha nacionalista para o continente chinês.
No entanto, as mesmas fontes defendem que a realização dos voos irá também abrir uma janela de oportunidade para diversificar o mercado aéreo local com novas rotas e o reajustamento de outras que sendo menos rentáveis poderiam ser canceladas para permitir uma exploração mais intensiva de linhas lucrativas ou de potencial lucro a curto ou médio prazo.

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