Trabalhadores despedidos pelo grupo Galaxy ameaçam com manifestação para hoje
Fumo negro
Fumo negro
Deu em nada a reunião realizada ontem entre representantes dos trabalhadores dispensados pela Galaxy Entretainment e a até aqui entidade patronal.
Os trabalhadores abandonaram o encontro ao cabo de 15 minutos acusando a Galaxy de estar de má fé e não querer resolver a situação. Ameaçam com a possibilidade de realizarem hoje uma manifestação de protesto.
A reunião teve como interlocutores a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) e a União Geral dos Operários, mas face ao extremar de posições os mediadores acabaram por não ter oportunidade para intervir. O director da DSAL disse que o Governo está a averiguar a legalidade dos despedimentos,
e admitiu a Galaxy será sancionada caso não tenha cumprido os procedimentos legais.
Os representantes dos trabalhadores despedidos reiteraram a acusação de que a Galaxy substituiu os trabalhadores locais por funcionários estrangeiros, o que alegam ser uma prática recorrente na empresa.
Um grupo de cerca de 100 ‘croupiers’ da Galaxy e representantes da Associação de Trabalhadores da Indústria do Jogo marcharam ontem à tarde até à sede do Governo entregaram uma petição. Na missiva dizem estar preocupados com os despedimentos, e afirmam que a associação há muito que tem recebido queixas de trabalhadores que são dispensados de foram súbita. Por isso pedem ao Executivo que tome medidas.
A decisão da Galaxy teve efeitos a partir de ontem e afecta vários serviços dos dois casinos, desde ‘croupiers’ ao sector da segurança, incluindo o sector da supervisão. A empresa afirmou, num comunicado distribuído ontem, que pretende agora maximizar os recursos nos dois espaços de jogo.
Também ontem, em declarações à agência Lusa, David Banks, chefe de operações da Galaxy Resorts, explicou que a saída dos 270 funcionários de vários sectores da actividade foi concentrada nos casinos Grand Waldo e Presidente e deveu-se às “actuais condições do mercado naqueles dois espaços de jogo”.
O mesmo responsável salientou que "os funcionários que agora vão sair irão voltar a ser contratados” quando a empresa “abrir o seu mega resort na ilha da Taipa ou quando as condições de mercado o permitirem”.
Recentemente, a Galaxy Resorts anunciou os resultados do primeiro trimestre, onde se destaca o crescimento de 28 por cento das receitas no Star World hotel/casino para 1,83 mil milhões de dólares de Hong Kong.
Nos restantes casinos – onde estão incluídos o Grand Waldo e o Presidente – registou-se uma quebra de quase 55 por cento, para 520 milhões de dólares de Hong Kong, resultados considerados pelos responsáveis da companhia como “desapontantes”.