Em preparação para o Torneio Sevens de Hong Kong
Dois franceses da equipa de râguebi de Macau
integram estágio da selecção de Portugal
É só para ajudar a formação de Tomaz Morais a efectuar uma boa preparação. A comitiva vai permanecer no território até segunda-feira, seguindo depois para a RAEK, onde vai defrontar Escócia, Quénia e China, no mais famoso torneio sevens do mundo. Hoje, o técnico luso orienta uma sessão de treino da equipa de Macau
Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net
Dois franceses da equipa de râguebi de Macau
integram estágio da selecção de Portugal
É só para ajudar a formação de Tomaz Morais a efectuar uma boa preparação. A comitiva vai permanecer no território até segunda-feira, seguindo depois para a RAEK, onde vai defrontar Escócia, Quénia e China, no mais famoso torneio sevens do mundo. Hoje, o técnico luso orienta uma sessão de treino da equipa de Macau
Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net
São dois treinos por dia. Porque é a sério e Portugal quer fazer boa figura em mais uma edição do torneio da variante de sete jogadores, que tem por palco o Hong Kong Stadium. Serão, como habitualmente, três dias de grande festa, a que Portugal tem estado associado há já vários anos.
A delegação lusitana veio mais cedo para estas paragens, preferindo efectuar a derradeira semana antes da competição, no ambiente de Macau, o mesmo ambiente que lhe proporcionou uma boa classificação há três anos, aquando do Mundial Sevens, realizado em simultâneo com este Sevens de Hong Kong.
Portugal foi nessa altura décimo posicionado, o que foi considerado um óptimo resultado, no meio de 24 selecções das melhores a nível mundial.
Estava já a preparar-se uma selecção de futuro, a curto prazo, culminando com a presença portuguesa na fase final do Campeonato do Mundo da variante de 15, que se realizou o ano passado em França. Aí Portugal não ganhou qualquer jogo, mas granjeou um enorme prestígio internacional.
Estágio em Macau
pode trazer êxito
pode trazer êxito
É esse prestígio que a selecção, que há já vários anos tem como timoneiro Tomaz Morais, considerado um dos homens do sucesso dos últimos tempos do râguebi nacional, pretende agora manter e se possível melhorar.
Por todas estas razões, a Federação Portuguesa de Râguebi nem olhou para trás ao propor a realização do derradeiro estágio em Macau, onde a equipa já tinha estado por duas vezes.
Do lado de cá, como sempre, um total apoio aos “lobos”, com dirigentes e jogadores da equipa da SJM, quase a selecção de Macau (que integra vários elementos de outros países, daí não se poder considerar a autêntica selecção do território…), a acompanhar de perto os passos da comitiva lusa.
Porque o Torneio Sevens de Hong Kong é de prestígio internacional, a formação Portuguesa quis prepará-lo com boas condições de estágio final. Nada melhor do que Macau, a uma hora de barco da RAEK e com excelentes infra-estruturas para receber uma selecção como a de Portugal, com um determinado número de exigências, legítimas.
Selecção lusa tem campo
ao contrário dos locais
ao contrário dos locais
Mas é curioso como Macau recebe uma equipa de alto nível, colocando-lhe um campo à disposição (Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia), quando não consegue responder às necessidades da sua própria equipa, que adopta, desde há uns meses a esta parte, a designação de SJM/Macau, para ter mais hipóteses de sobrevivência, apesar do apoio que efectivamente existe por parte do Instituto de Desporto.
Mas voltando ao estágio de Portugal, Tomaz Morais vai “trabalhar” os seus rapazes duas vezes por dia, no relvado da Universidade. Até à próxima segunda-feira, dia em que a delegação portuguesa seguirá para Hong Kong, onde vai defrontar, sexta-feira, dia 28, a Escócia, no primeiro desafio da sua série do Sevens.
Antes disso, já no próximo sábado, Portugal viaja para Hong Kong para realizar uma partida amigável, de preparação, diante de outra das equipas que estará presente no Hong Kong Sevens, o Japão. Os nipónicos vão integrar o Grupo C, ao lado de África do Sul, Argentina e Rússia.
Estudantes franceses
ajudam na preparação
ajudam na preparação
Tomaz Morais trouxe até ao Oriente 12 jogadores e como faltam dois para que se realizem treinos mais a sério, com sete elementos de cada lado, então dois estudantes franceses, que têm integrado a equipa da SJM/Macau, foram disponibilizados para que Tomaz Morais tenha a possibilidade de trabalhar com melhores condições.
Não se confirma, por outro lado, para já, a hipótese de Portugal efectuar um jogo-treino com os raguebistas da RAEM, que tão boa conta de si deram em mais uma temporada em Hong Kong, culminando a época com a vitória na Taça da III Divisão B, no último sábado.
O que será uma realidade é a presença, hoje mesmo, de Tomaz Morais a orientar a formação da SJM/Macau, num treino extraordinário, para aproveitar a passagem pelo território de um técnico de qualidade.
Aproveitar qualidade
do treinador nacional
do treinador nacional
Óscar Marques, um dos vice-presidentes da Associação de Râguebi de Macau, também ele um antigo praticante da modalidade em Portugal e também em Macau, diz que não se poderia perder uma oportunidade destas:
“Mesmo que nada mais se possa fazer, até porque a selecção portuguesa tem os seus compromissos e veio para treinar a sério, é bom podermos contra com Tomaz Morais a orientar a nossa equipa, que certamente estará em peso hoje ao fim da tarde (19,30), no relvado da Universidade de Ciência e Tecnologia. É uma oportunidade única para se aprender e certamente que os nossos jogadores vão aprender bastante neste treino especial.”
O treinador luso já teve entretanto oportunidade de falar à comunicação social de Macau e reconhece que, agora, as responsabilidades são ainda maiores:
“Tudo porque Portugal tem agora uma imagem muito mais positiva no panorama internacional, em virtude da sua participação, histórica, na fase final do Campeonato do Mundo de 2007, realizado em França.”
Belenenses dá quatro
em selecção de doze
em selecção de doze
O técnico trouxe até Macau e Hong Kong, seis dos “lobos” que evoluíram nesse Mundial que ficará para sempre marcado no historial do râguebi português. No total, são os seguintes os jogadores que vão tentar um feito inédito na RAEK, passar à segunda fase do troféu principal, a Cup:
Adérito Esteves, Pedro Leal e Frederico Sousa (Direito)
Gonçalo Foro e Pedro Cabral (CDUL)
Francisco Mira e Diogo Coelho (Agronomia)
Pedro Silva, Sebastião Cunha, Diogo Mateus e David Mateus (Belenenses)
José Pinto (Benneton Treviso, Itália)
Apuramento para CUP
é agora forte ambição
é agora forte ambição
Tomaz Morais acredita que, desta feita, são fortes as hipóteses de tentar o assalto à segunda fase da CUP: “Sim, é um facto que o nosso grupo é o menos difícil de todos os que nos couberam em todas as presenças no Hong Kong Sevens. Não vai ser fácil, mas queremos acreditar que temos possibilidades de sonhar com a qualificação, o que seria inédito para nós em termos de prova de Hong Kong.”
Portugal já defrontou os três adversários que terá agora de enfrentar na sua série. “Já jogámos diversas vezes com a Escócia e temos um balanço equilibrado, com vitórias e derrotas. Com o Quénia estamos em vantagem e diante da China actuámos uma vez e triunfámos”, disse Tomaz Morais, como que dando a entender que a diferença não deverá ser grande quando as equipas de defrontarem.
Há por isso grande expectativa em mais uma participação da selecção lusa de sevens na RAEK, desta feita com outras ambições, resultantes de alguma no sorteio, uma vez que nesta edição não surgem no caminho de Portugal equipas muito poderosas como Austrália, Nova Zelândia e Fidji, que deixaram Portugal, logo à partida, sem hipóteses de sequer sonhar com o apuramento para a segunda fase da prova, no troféu principal a CUP.
A formação sensação do râguebi internacional do ano passado, é composta, neste caso nos sevens, por um misto de jogadores jovens e mais experientes.
Falta saber se a mistura pode provocar “escândalo” em Hong Kong e colocar Portugal entre os melhores oito da competição de 2008.