Estudo da PATA para a Ásia Pacífico indica 38 milhões de visitas esperadas
Macau vai ser terceiro
destino turístico em 2010
Macau vai ser terceiro
destino turístico em 2010
A China vai ser o primeiro destino turístico na região Ásia Pacífico em 2010 e ocupar 35,3 por cento da quota de mercado de viagens internacionais. Macau surge em terceiro lugar, com cerca de 38 milhões de visitas esperadas. Em dois anos, o turismo deverá fazer render à zona 4,6 triliões de dólares norte americanos (mais de 30 triliões de patacas) por ano. A projecção resulta de um estudo feito pela PATA (Pacific Asia Travel Associaion) que foi divulgado ontem e citado pela agência The Associated Press.
Segundo o director da associação, John Koldowski, em declarações à agência, apesar da recessão económica sentida dos Estados Unidos estar a afectar a confiança no mercado, a região asiática está “bem posicionada” e “muitos dos investidores estão agora seriamente à procura de destinos adicionais na Ásia Pacífico para investir”.
Espera-se que as chegadas de visitantes à zona venham a crescer 7,51 por cento anualmente até 2010. A projecção é superior à que tinha sido feita anteriormente e que previa um crescimento na ordem dos 6 por cento.
No total, em 2010, o número de turistas na região deverá ultrapassar 460 milhões, contra os 347 registados em 2006. Do bolo de entradas, 160 milhões estarão reservados à China. O segundo lugar é ocupado pelos Estados Unidos (com 56 milhões de entradas previstas).
Macau surge em terceiro (os 27 milhões de turistas registados em 2007 deverão subir para 38 milhões), seguido de Hong Kong, com menos três milhões de visitantes.
Ainda na lista dos dez destinos mais procurados, surgem o México, Canadá, Tailândia e Singapura.
De acordo com o director da PATA, o desenvolvimento da indústria hoteleira e a criação de resorts na região contribui para o futuro crescimento do sector do turismo.
Koldowski citou o exemplo da construção de hotéis na China, a indústria do jogo de Macau e os projectos de casinos que estão previstos para Singapura.
Também a liberalização do espaço aéreo, continuou, o crescimento das rotas das companhias de aviação e os grandes eventos internacionais – Jogos Olímpicos de Pequim em Agosto e a Exposição Mundial de Xangai em 2010 – ajudam à subida dos números.
Porém, o “boom” turístico, ressalva, pode ser ameaçado por conflitos políticos em alguns dos mercados, como o Sri Lanka, e pela possível subida do preço dos combustíveis (que virá a afectar os lucros das companhias aéreas) e pelo eventual impacto da crise de crédito norte-americana noutras economias.
Outra das preocupações de Koldowski é a desvalorização do dólar norte-americano, que torna as viagens mais caras para os turistas que usem a moeda. Recorde-se que pataca está indexada à moeda de Hong kong, que, por sua vez, está indexada ao dólar dos Estados Unidos.