Hipótese da existência de um segundo criminoso parece confirmar-se
Paquistanês só admite
três mortes de prostitutas
Paquistanês só admite
três mortes de prostitutas
Um paquistanês detido terça-feira em Macau por alegadamente ter morto prostitutas em Hong Kong admitiu o seu envolvimento na morte de três das mulheres mas recusou ter participado numa quarta morte, revelou ontem a do território vizinho.
De acordo com a imprensa de Hong Kong, que cita fontes policiais, o suspeito, desempregado e residente em Hong Kong, admitiu às autoridades o seu envolvimento nas mortes de uma mulher em Yuen Long e de outras duas em Tai Po, nos dias 13 e 15 de Março.
No entanto, referem as mesmas fontes, nega conhecimento da morte de uma quarta mulher de 27 anos de apelido Tam, cujo corpo foi encontrado na zona de North Point na segunda-feira.
Exames feitos ao cadáver indicam que a vítima terá sido morta nas primeiras horas do dia 17 de Março, quando o suspeito já tinha deixado Hong Kong para Macau, o que acaba por confirmar a existência de uma segunda pessoa a atacar prostitutas em Hong Kong, um dado que já tinha sido colocado como possibilidade pela própria polícia.
Com a detenção do jovem paquistanês, que foi preso em Macau e, mais tarde, conduzido à antiga colónia britânica, a polícia recuperou também dois telefones móveis das vítimas.
As mortes levaram muitas trabalhadoras sexuais a suspender os seus serviços e, outras, a suspender a publicação de anúncios em "sites" da especialidade.
Embora não existam estatísticas oficiais sobre a indústria do sexo em Hong Kong, vários dados indicam a existência de cerca de 100.000 mulheres que se dedicam à prostituição oriundas de várias regiões do globo embora a maioria da Ásia.
A prostituição na antiga colónia britânica não é crime desde que as mulheres exerçam a actividade sozinhas em apartamentos privados o que, segundo algumas fontes policiais, permite que, por um lado não sejam acusadas da prática de prostituição na rua e, por outro, sejam alvos mais fáceis de quem as queira atacar.
Depois de detido o primeiro suspeito da morte de três mulheres, cerca de uma dezena de prostitutas de Hong Kong deslocaram-se a uma esquadra de polícia onde, segundo a imprensa, obtiveram a promessa de estudo de uma medida de alerta às trabalhadoras sexuais sempre que existam informações credíveis de que estas possa ser alvo de criminosos.