Lao Pun Lap diagnostica problemas que sector enfrenta
Turismo sofre com inflação
e falta de qualidade nos serviços
Turismo sofre com inflação
e falta de qualidade nos serviços
O turismo de Macau está a perder competitividade no contexto regional porque a inflação não pára de subir e porque o serviço prestado não está à altura dos preços praticados. Foi esta a leitura que o deputado e economista Lao Pun Lap fez ao jornal Ou Mun, acrescentando que a concentração excessiva da oferta no jogo acaba por ter um impacto negativo ao fazer com que as estadas dos turistas se limitem, em média, a 1,5 dias.
O deputado nomeia os exemplos de países como as Filipinas, a Índia ou a Tailândia para ilustrar que são destinos turísticos baratos e com serviços com qualidade acima da média.
Para Lao Pun Lap, a coordenação entre os vários casinos de Macau e as restantes infra-estruturas tem falhas. No seu entender, não há uma promoção, por parte das entidades responsáveis, da qualidade. Em contrapartida, aponta, praticam-se preços cada vez mais exorbitantes.
O deputado refere também que, uma vez que se fala tanto em Las Vegas como comparação com Macau, na cidade norte-americana há uma oferta cultural que permite que todas as noites haja espectáculos de nível mundial. Já em Macau, diz, esse tipo de eventos acontece uma vez por mês, se tanto.
Pelo exposto, Lao Pun Lap deixa duas soluções óbvias: incentivar a aumentar a qualidade dos serviços e fazer os possíveis por baixar a inflação.
O Ou Mun de ontem trazia ainda declarações de turistas evidenciando a carestia dos preços em Macau. Os que mais sentem os efeitos da inflação, diz o jornal, são os visitantes de Hong Kong e os do continente. Um turista do território vizinho dizia mesmo que um pastel de nata em Macau (7 patacas) é mais caro do que em Hong Kong (6 patacas).
Ao jornal, apenas um turista sul-coreano afirmou que os preços em Macau são "aceitáveis."