6.3.08

Moradores da zona norte queixam-se de falta de segurança pública
Residentes querem
mais polícia nas ruas


Os moradores dos bairros Artur Tamagnini Barbosa e Antigo Hipódromo estão preocupados com o aumento da criminalidade de pequena escala na zona norte de Macau, como roubos de motociclos, canos de água e fios de cobre. Os casos de fraude também subiram. Os residentes acusam a ausência de uma política de segurança pública e pedem intervenção do Governo.
Apesar de os crimes não representarem especial dano económico, os moradores estão assustados, falam em problemas graves que estão a afectar o seu quotidiano e pedem mais patrulhas para a zona. As preocupações foram recolhidas e divulgadas pelos presidentes das associações de Beneficência e Assistência Mútua dos bairros Artur Tamagnini Barbosa e Antigo Hipódromo.
Em declarações ao jornal Ou Mun, Lo Hang Peng e Ng Wan Sin reportaram os crimes de roubo de motociclos, baterias de motas, faróis, vários assaltos de rua e casos de fraude, que, apontam, nos últimos tempos, subiram de forma abrupta. Os dirigentes das associações afirmam que a política de segurança pública para as comunidades que vivem em bairros não é clara e referem que os moradores relacionam o problema com o aumento de imigrantes na região.
O aumento da população estrangeira em Macau, defendem, afectou o mercado imobiliário: provocou, ainda que forma indirecta, a subida do preço das rendas já que as agências optam por fazer negócio com as pessoas do exterior. Também o perfil dos imigrantes é diferente. Têm referências que têm afectado o ambiente das zonas residenciais, descrevem: a confiança mútua entre vizinhos e o nível das relações enfraqueceu.
A zona junto ao jardim Cidade Nova, exemplificam, é problemática, tem várias esquinas escuras, o que facilita a ocorrência de roubos. A polícia, acusam, não vigia as ruas mais estreitas. Pedem ao Governo que reforce o envio de patrulhas para os bairros residenciais e que promova a solidariedade e assistência mútua entre os moradores.
Ng Wan Sin observou ainda, que apesar do crescimento económico de Macau, o fosso entre ricos e pobres continua a alargar. O aumento do custo de vida e a subida dos preços das casas, denunciou, é insuportável. Defende que o aumento de imigrantes complicou o ambiente social já que a contratação de mão-de-obra do exterior tem impedido que os residentes de meia idade sejam empregados.
Também os esforços do Executivo para responder aos problemas dos residentes têm sido morosos. A presidente da associação do Bairro do Hipódromo argumenta que o compromisso que o Governo assumiu para melhor o nível de vida da população, aliviar os encargos e aumentar o número de habitações sociais não tem sido cumprido. A moral da sociedade, continua, está muito baixa. Insta ainda a Administração a encarar o problema e apresentar uma política pública que melhore a qualidade de vida em Macau.

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