Defesa de Frederico Nolasco contesta argumentos da acusação
Investigação de CCAC posta à prova
Investigação de CCAC posta à prova
A investigação do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) foi ontem posta à prova no julgamento do caso conexo ao de Ao Man Long. De acordo com o relato do Canal Macau, as respostas dos investigadores do CCAC foram evasivas e a defesa do empresário Frederico Nolasco conseguiu fazer valer as suas dúvidas em relação ao processo.
Os inspectores apresentaram mais uma vez as suas conclusões, mas estas não foram bem recebidas pela defesa, que chegou a dizer terem sido feitas extrapolações erradas.
O próprio Frederico Nolasco criticou a interpretação do CCAC. Segundo o arguido, os 5 por cento que o CCAC apresentou não diziam respeito ao valor total da obra do Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos, mas sim 5 por cento de 20 milhões de patacas. Nolasco também aproveitou para dizer que não se tratava de um suborno, mas do pagamento de despesas administrativas.
O advogado de Nolasco também perguntou aos inspectores se teriam falado com os responsáveis da empresa de Hong Kong que detém a maior parte do capital da CSR, empresa que aprovou os pagamentos a Ao Man Long. Os inspectores admitiram que não falaram.
O advogado continuou, perguntando se haviam falado com o gabinete de Edmund Ho acerca da renovação do contrato de recolha de lixo, problemática que, tendo interesse público, seria da competência do Chefe do Executivo. A esta questão, os inspectores não deram resposta.