24.4.08

Empresa portuguesa em parceria com proprietária do metropolitano de Hong Kong
Consulgal candidata à gestão
da construção do metro ligeiro


A empresa portuguesa Consulgal anunciou ontem que vai apresentar amanhã uma proposta de gestão da construção da primeira fase do metro ligeiro de Macau em parceria com a MTR, a proprietária do metropolitano de Hong Kong.
De acordo com o director da Consulgal, Rogério Nunes, as duas empresas foram convidadas a apresentar propostas de gestão da construção e revisão do projecto tendo-se associado "para potenciar a candidatura".
Rogério Nunes falava aos jornalistas à margem da inauguração do Fórum e Exposição sobre Ambiente, que ontem teve início em Macau.
A construção da primeira fase do metropolitano ligeiro de Macau vai ter início no segundo semestre deste ano, deverá prolongar-se até 2011 e terá um custo, a preços actuais, de 4,2 mil milhões de patacas (382 milhões de euros) para os seus 20 quilómetros de extensão entre a península de Macau e a ilha da Taipa.
Em Macau, a companhia tem um escritório de representação da Consulgal e uma empresa de direito local denominada Consulasia, que está envolvida em vários projectos do território, essencialmente ligados à área do ambiente.
"Estamos a ultimar a construção da central de recolha automática de lixos, um projecto que já realizamos no Parque das Nações em Lisboa e que estamos a construir agora em Macau", disse Rogério Nunes.
Segundo Rogério Nunes, a central terá uma capacidade de 48 a 50 toneladas de recolha diária de lixos domésticos e irá servir cerca de 60.000 pessoas na zona norte da cidade de Macau.
Com vários pontos de depósito na zona norte, foi construída uma rede de condução dos lixos à central de recolha numa extensão de 5,5 quilómetros, num projecto global em que o governo de Macau investiu 120 milhões de patacas (9,6 milhões de euros) e que deverá estar a funcionar na segunda metade do ano.
Além de trabalhos em Portugal e Macau, o universo de empresas Consulgal tem ainda projectos para África.
"Aproveitando a plataforma de Macau entre a China e os países de língua portuguesa estamos associados a uma empresa chinesa e a discutir com as autoridades angolanas a construção de grandes empreendimentos no país", disse Rogério Nunes escusando-se, no entanto, a identificar a empresa chinesa envolvida e os projectos em negociação.
Rogério Nunes salientou ainda que a presença da empresa na feira do ambiente, uma das cinco entidades portuguesas com pavilhão próprio, deve-se ao facto da Consulgal "ter experiência em vários projectos do sector ambiental".

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