18.4.08

Especialista em auditoria financeira critica planos de investimento
Estratégia de Regime de Previdência
"não foi a ideal"


Leong Kam Chun, um auditor financeiro que analisou o relatório preliminar do primeiro ano do Regime de Previdência dos Trabalhadores dos Serviços Públicos da RAEM, divulgado pelo Governo na passada quarta-feira, considera que as autoridades deviam ajustar melhor a estratégia de investimento e o portfolio do fundo de previdência. "O investimento em certificados de aforro foi demasiado cauteloso, enquanto o investimento equitativo foi demasiado agressivo", explicou ao jornal chinês Ou Mun.
O Regime de Previdência dos Trabalhadores dos Serviços começou em 2007 e, até ao final do ano passado, já 9 306 funcionários públicos tinham aderido ao sistema, ou seja, 40 por cento dos trabalhadores da função pública. No primeiro ano, as contribuições de funcionários e do Governo chegaram a um total de 1 329 milhões de patacas. O retorno anual do investimento foi de 18, 700 milhões de patacas.
Até finais do ano passado, as contribuições individuais tinham sido de 316 milhões de patacas, enquanto a contribuição correspondente do Executivo fora de 242 milhões. As contas especiais para o nível base de funcionários sem contrato era de 377 milhões, enquanto as contas transitórias para o sistema de pensões de funcionários que haviam escolhido o fundo de previdência chegava aos 391 milhões. As quatro fontes de contribuição atingiam um total de 1 329 milhões de patacas. No final do ano, os activos líquidos disponíveis para pagamento de benefícios eram de 1 332 milhões de patacas.
Inscreveram-se neste regime 7 499 pessoas. Das mudanças de regime chegaram mais 1 980 pessoas, que transitaram do sistema de pensões para o fundo de previdência. Durante o ano, só 173 funcionários cancelaram a sua inscrição, correspondendo a 1,8 por cento, sendo que, nos quase dois mil funcionários, que optaram pela mudança de regime 48 cancelaram a inscrição.
Embora o retorno do investimento do primeiro ano do fundo de previdência não tivesse tido um défice, Leong Kam Chun explicou as opções não tinham sido as ideais. Cerca de 365 milhões foram investidos no fundo global de certificados de aforro, cujo risco era relativamente baixo. O retorno anual do investimento foi de 3,15 por cento, quando geralmente o retorno da compra de certificados de aforro costumava chegar aos 4 ou 5 por cento.
Por outro lado o especialista salientou que a maior parte da contribuição fazia parte do fundo global equitativo, cujo retorno em 2007 foi de 1, 600 milhões de patacas. Embora o mercado equitativo tivesse sentido uma queda no final do ano passado, foi bastante elevado na primeira metade do ano. No entanto, o rácio de retorno fora de 0,25, o que é mais baixo do que os valores dados pelos bancos. Leong Kam Chun acredita que esta não foi uma estratégia de investimento bem sucedida.

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