Monte Carlo também eliminou Heng Tai, veterano Ka Li Man ainda mexe
Hong Ngai é o tomba gigantes da Taça
Estão nas “meias” da Taça Monte Carlo e Hong Ngai, que ontem venceram os seus adversários. Heng Tai e Kuan Tai ficam pelo caminho. Hong Ngai é a grande sensação e tem uma “arma secreta”, Ka Li Man. Hoje realizam-se mais duas partidas dos quartos-de-final
Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net
Hong Ngai é o tomba gigantes da Taça
Estão nas “meias” da Taça Monte Carlo e Hong Ngai, que ontem venceram os seus adversários. Heng Tai e Kuan Tai ficam pelo caminho. Hong Ngai é a grande sensação e tem uma “arma secreta”, Ka Li Man. Hoje realizam-se mais duas partidas dos quartos-de-final
Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net
Mas que grande Taça está a fazer a equipa do Hong Ngai, da III Divisão do futebol de Macau. Os “patrões” do clube apostaram forte no campeonato mais inferior do território e talvez nunca imaginassem que a equipa iria tão longe na Taça.
Por isso “redobraram” o investimento, estimulando o seu plantel e principalmente os reforços da República Popular da China, para que se entreguem de corpo e alma à Taça, para além da prioridade da subida ao segundo escalão.
O Hong Ngai, recorde-se, eliminou o credenciado Lam Pak por 3-0 e causou por isso a grande sensação (talvez a única verdadeira surpresa até agora) da Taça de Macau em futebol, competição que, como se sabe, foi introduzida “à pressão” pelos dirigentes da Associação, quando a temporada estava já em pleno.
Mas os clubes parecem ter abraçado a prova com interesse, não obstante os regulamentos de trinta minutos para cada parte e sem prolongamento em caso de empate. A decisão vai logo para os pontapés da marca de grande penalidade.
Equipa reforçada
quer surpreender
quer surpreender
Um deles é sem dúvida o Hong Ngai, que não se esperava que atingisse uma fase tão adiantada, as meias-finais.
Ontem à noite, em partida dos quartos-de-final, o Hong Ngai derrotou mais uma formação de nível superior (II Divisão), o Kuan Tai, de Francisco Cunha, por 3-1.
Não foi fácil ao “tomba gigantes” da Taça da RAEM afastar o Kuan Tai, igualmente com algumas aspirações na competição. O Hong Ngai esteve a ganhar por 1-0, já na segunda metade e permitiu o empate ao seu adversário. Nos últimos minutos veio então ao de cima o nível técnico da maioria dos seus jogadores, concretamente dos reforços da República Popular da China e também do veterano Ka Li Man, um antigo elemento do Grupo Desportivo da policia de Segurança Pública e da selecção do território.
Ka Li Man é referência
Monte Carlo é o próximo
Monte Carlo é o próximo
Já em cima dos quarenta anos de idade, Ka Li Man tem ainda alguma velocidade (não tanta claro como antigamente), característica que o levou a treinar na Académica de Coimbra. Hoje, é mais “comedido” nas investidas sobre a área do adversário, mas ainda “chega e sobra” pelo menos para os escalões inferiores.
Só que, na Taça, Ka Li Man é a principal referência do Hong Ngai e um dos grandes esteios da equipa, em qualquer sector. Voltou a marcar, agora ao Kuan Tai e o seu clube garantiu a presença nas meias-finais, onde vai defrontar o líder do campeonato principal, Monte Carlo.
Será uma partida interessante, ainda que com favoritismo atribuído ao conjunto orientado por Tam Iao San. Mas Taça é Taça e o Hong Ngai pode, na verdade, surpreender o clube de Firmino Mendonça. Até porque o tempo de jogo é mais reduzido e isso poderá favorecer as equipas menos cotadas, ou com menor experiência.
“Vai certamente ser um bom jogo nas meias-finais e nós não esperamos facilidades do lado do Hong Ngai, apesar de se tratar de uma equipa de escalão inferior. Nós queremos ganhar a competição”, palavras de Tam Iao San, no final da jornada de ontem e da vitória do seu Monte Carlo sobre o “irmão”, Heng Tai, por claros 8-0.
Oseas marca três
na goleada ao “irmão”
na goleada ao “irmão”
Recorde-se que o Monte Carlo perdeu a final da Taça de Macau em 2007 para o Grupo Desportivo da Policia de Segurança Pública, numa marcação controversa dos penalties, depois do empate no tempo regulamentar de 60 minutos.
O “onze” de Geofredo Sousa e companhia, ficou com aquela derrota “atravessada” e pretenderá este ano arrecadar o título e, se possível, juntar também o campeonato, que lidera actualmente com dois pontos de vantagem sobre o velho rival Lam Pak.
Lam Pak que, como se sabe, já não se encontra na Taça, afastado precisamente pelo Hong Ngai.
Quanto ao Monte Carlo, que está a fazer uma boa época, também garantiu a passagem às meias-finais com um triunfo folgado, pelos vistos em ritmo de treino, sobre o clube irmão, Heng Tai. Oito golos sem resposta.
Ao intervalo já os “azuis e amarelos” tinham praticamente arrumado a questão com três golos. Na segunda metade foi só acelerar um pouco mais. Só foi pena (e estranho, uma vez que se tratava de um jogo “amigável”…) o Heng Tai não ter conseguido sequer marcar um golo, o que nunca tinha acontecido em “confrontos de família”.
Desnível nos jogos
é enganador
é enganador
Dedé não actuou por se encontrar castigado. Não pode assistir ao desafio por motivos profissionais e foi o PONTO FINAL a dar-lhe o resultado:
“8-0? Não posso acreditar. Como é possível que duas equipas que treinam juntas e até se batem bem, cheguem ao campo (a sério) e tenham um desnível destes. A diferença de tantos golos não é a diferença real entre os dois clubes, mas futebol é assim e quem passou foi o Monte Carlo. Só que é pena ser com uma diferença tão grande”, disse o veterano Dedé que, juntamente com Mandinho, constitui um dos esteios defensivos do plantel.
Marcaram os golos do Monte Carlo no jogo de ontem à noite no relvado da Universidade de Ciência e Tecnologia, o brasileiro Oseas (3), Alison Brito (2), Chan Kin Seng, Nuno Peres (jogou na segunda parte) e Samiro Soares, um cada.
Restantes equipas
conhecidas hoje
conhecidas hoje
A Taça de Macau vai continuar hoje com mais duas partidas dos quartos-de-final, igualmente no complexo desportivo daquela Universidade, situada junto ao aeroporto internacional do território.
Às 19 horas defrontam-se Lai Chi e Vong Chiu.
O favoritismo vai para o Vong Chiu, quarto classificado do campeonato da I Divisão e segundo no final da temporada passada. O Lai Chi é outra das formações da III Divisão que tem feito uma excelente campanha, ao lado do Hong Ngai, e tentará por isso surpreender o clube de Wu Kam Fai.
Depois, às 20 e 30, uma partida que se afigura equilibrada, com dois protagonistas do escalão principal, Hoi Fan e Sub 21.
Os dois defrontaram-se recentemente para o campeonato e aí levou de vencida o “onze” jovem da Associação, por 4-2. Mas Taça é diferente e Hoi Fan, ainda com Hugo Afonso a contas com uma arreliadora lesão, pode muito bem voltar a encontrar grandes problemas para seguir em frente.
O conjunto onde igualmente alinham Francisco Rosário (regressou segunda-feira do Asiático de Futsal) e Paulo Conde, continua a depender da presença ou não dos reforços chineses. Se todos (ou os mais influentes) aparecerem para o jogo de hoje, então o Hoi Fan ficará mais forte para tentar o “assalto” às meias-finais da Taça, onde, em caso de vitória, defrontará o vencedor do desafio anterior, Vong Chiu/Lai Chi.
Já agora dizer que o campeonato regressa no fim-de-semana (jogos no relvado do Estádio da Taipa), depois da paragem em virtude da deslocação da selecção de futsal à Malásia.O calendário é o seguinte:
Sábado
Lam Pak/Policia (14 horas)
Heng Tai/Vong Chiu (16)
Domingo
Sub 21/Vá Luen (14)
Monte Carlo/Hoi Fan (16)