13.4.08

Padre Lancelote Rodrigues mostra-se a favor de uma Igreja moderna em entrevista
“Reconciliação vai
levar muito tempo”


Só uma nova geração de líderes estará em condições de normalizar as relações entre Pequim e o Vaticano, defende o Padre Lancelote Rodrigues

Ricardo Pinto

Quando foi pela primeira vez chamado a celebrar missa, em 1949, o padre Lancelote Rodrigues foi autorizado a escolher a igreja onde faria a sua estreia – e não hesitou um momento que fosse. Em vez de optar pela Sé ou qualquer outro templo de grande importância histórica, decidiu-se pela pequena capela do Canídromo, onde há alguns meses vinha dando assistência aos refugiados portugueses de Xangai que aqui chegavam em grande número, fugidos à guerra civil chinesa. O entusiasmo e dedicação que mostrou nessa primeira missão que lhe foi confiada depois de ser ordenado sacerdote, e que o levaram a querer partilhar com aquela “gente outrora rica mas que passava agora grandes dificuldades” a sua primeira celebração litúrgica, acabaram por marcá-lo para toda a vida. Durante meio século, este padre nascido em Malaca foi o coordenador em Macau das múltiplas operações de socorro a refugiados vindos das mais diversas paragens, em consequência de conflitos, desastres naturais ou fome. Entre as mais conhecidas destaca-se a que permitiu o realojamento, em vários países ocidentais, de milhares de ‘boat-people’ do Vetname, cujo êxodo atingiu em força o território em finais dos anos 70. Ainda hoje os governos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália vêem-no por isso como um dos seus mais importantes representantes em Macau. Mais recentemente, virou as suas atenções para o Continente chinês, onde supervisionou dezenas de investimentos nas áreas da educação e saúde, em zonas das mais remotas do país.
Agora com 84 anos de idade, o padre Lancelote Rodrigues está semi-reformado desde que a diocese local mandou encerrar o seu escritório, há dois anos. Numa entrevista concedida há dias ao PONTO FINAL e à revista Macau Closer, comentou esse e outros assuntos da sua vida e descreveu o actual estado das relações entre Pequim e o Vaticano – com a frontalidade de que nunca abdicou.

– Quase 10 anos depois da transferência de Administração de Macau para a China, qual é aqui a situação da Igreja Católica? O que é que mudou, na sua opinião?
Lancelote Rodrigues – A Igreja Católica é eterna. Existe e existirá até ao fim dos tempos. Não é coisa que mude em pouco tempo. Nós tentamos fazer aquilo que Deus nos pede, procuramos evangelizar o mundo. Isso é o mais importante para nós. Quanto a mudanças, diria que talvez estejamos melhor agora, porque desenvolvemos a nossa actividade num quadro bem definido: o do princípio “Um Pais, Dois Sistemas”. Aqui, liberdade de religião é mesmo liberdade de religião, porque temos as nossas igrejas, as nossas próprias manifestações de fé, as nossas conferências e as nossas escolas. Por isso, continuamos o nosso trabalho, tendo sempre como principal destinatário das nossas acções o povo. Estamos aqui pelo povo – não apenas pelos Cristãos, mas por todos os habitantes de Macau.

– Em todo o caso, a Igreja Católica, do ponto de vista financeiro, terá tido que efectuar alguns reajustamentos após a transição.
L. R. – A Igreja tem feito os possíveis para se aproximar ou atingir patamares de justiça. Os salários dos professores das nossas escolas, por exemplo, têm que ser corrigidos, porque se vem criando a ideia de que a Igreja não paga suficientemente bem, especialmente se comparada com o governo. Temos que pagar aos nossos professores um salário que lhes permita viver neste mundo. Por outro lado, a Igreja perdeu privilégios. Nós, padres, costumávamos ser pagos pelo governo – mas deixou de ser assim. Agora é a Diocese que nos paga.

– Tão bem quanto antes?
L. R. – Não tão bem quanto antes. Recebemos 5 mil patacas por mês, mas moramos nas instalações da Igreja, não pagamos renda, não pagamos electricidade, pagamos um mínimo pela electricidade, e é assim que vivemos. Não é muito mas dá para as despesas. Deixámos de ter viagens de férias pagas a Portugal, e foram eliminadas várias outras regalias. A única coisa que conservámos foram os cuidados de saúde pagos. Mas se é isto que a Diocese está em condições de pagar, então é assim que tem que ser.

– Acha que a Igreja tem ainda espaço para crescer em Macau?
L. R. – Sim, podemos crescer à nossa maneira. Por exemplo, a maioria dos alunos das nossas escolas não é Cristã. E basicamente aquilo que procuramos fazer é torná-los bons cidadãos. Essa talvez seja hoje a tarefa mais importante da Igreja Católica: a formação de uma pessoa holística.

– Mas não está a Igreja a perder influência em Macau?
L. R. – Bom, a Concordata deixou de vigorar e, em resultado disso, a Igreja perdeu aqui todos os seus privilégios. Mas continuamos a ser uma instituição com quem o governo conta nas áreas da educação e da assistência social. A Caritas, por exemplo, está a realizar um trabalho estupendo. Se não houvesse Caritas, o governo teria que arranjar funcionários públicos que cuidassem dos mais desfavorecidos. Mas essa é, no fundo, a nossa principal missão aqui. O governo depende bastante de nós nessas áreas, e manifesta-nos grande respeito por isso. E nós respeitamos também o governo. Antigamente, tínhamos um apoio muito significativo por parte da Administração Portuguesa, embora sempre tivéssemos pensado que podiam apoiar mais. Hoje mesmo o governo da RAEM podia também dar maior apoio às instituições que cuidam do povo, pois isso permitir-lhes-ia fazer um melhor trabalho. Afinal de contas, temos que pagar salários a quem trabalha connosco – e Deus sabe quanto trabalham! Muito do trabalho a que me refiro, ninguém em Macau está disposto a fazê-lo. É por isso que temos aqui irmãs vindas de diversas paragens. Tomamos conta das crianças e dos velhos, dos deficientes motores, dos cegos, dos surdos e dos mudos, dos leprosos, das pessoas infectadas com o vírus HIV, das mães solteiras – em suma, de todos em geral que conhecem situações sociais de rejeição.

– É um esforço sustentável no longo prazo?
L. R. – Há sempre falta de dinheiro, é claro. Quanto mais dinheiro houver, mais se poderá ajudar. Recentemente, o Paul Pun, da Caritas, apelou a que fosse aumentado o apoio para que possam continuar a fazer o seu trabalho. Ou seja, aquilo que está a ser dado é bom, mas não deixaremos jamais de querer mais, porque o dinheiro para solidariedade nunca é suficiente. Temos a responsabilidade de cuidar do nosso povo.

– Tem alguma ideia de quanto a Igreja gasta em Macau nessas actividades de solidariedade?
L. R. – Só a Diocese pode falar sobre isso. Nunca fomos informados sobre essa questão, e infelizmente a opinião pública também não. Nós devíamos ter as nossas próprias auditorias – mas nunca tivemos, e isso é mau (risos). As pessoas, é claro, querem saber quantos milhões temos e quantos milhões gastamos.

– Quem não está interessado em divulgar esses dados? É a nível local ou são directrizes do Vaticano?
L. R. – Não, o Vaticano não tem nada a ver com isso. Penso que seria boa ideia divulgar esses números para que as pessoas façam uma ideia daquilo que fazemos com o nosso dinheiro. Era muito importante que isso acontecesse. Por exemplo, aqui a Catholic Relief Services, antes do bispo decidir fechar este escritório...

– Sim? Porquê o fez?
L. R. – Bom, porque havia também a Caritas a trabalhar na mesma área e foi entendido que seria melhor evitar a duplicação de esforços. Houve uma boa razão para fechar. Mas, como dizia, nós tínhamos antes que apresentar sempre um orçamento a aprovação superior, e éramos os únicos a estar sujeitos a auditorias. Recebíamos fundos de diversas fontes no estrangeiro para levarmos assistência ao interior da China, e isso só deixou de acontecer quando a China se tornou um pais cada vez mais ricos, e quando as próprias instituições que nos financiavam deixaram de precisar de Macau para entrar na China. Mas sinto-me feliz pelo trabalho realizado ao longo de 10 anos, em que ajudámos a construir hospitais, clínicas e escolas primárias, em zonas tão distantes como as províncias de Yunnan e Sichuan, ou em Harbin e muitas outras áreas de difícil acesso.

– Voltando a Macau, estão hoje as missas a ser celebradas em tantas línguas e com a frequência necessárias, apesar da conhecida falta de padres?
L. R. – Sim, temos missas em português, em chinês e em inglês. Os filipinos são os mais fieis dos frequentadores das nossas celebrações e, na minha opinião, há muito que mereciam uma igreja própria para as suas missas. Se até há padres filipinos em Macau, por que não? Digo isto porque alguns vêm-se queixar de que passam a vida a saltar de igreja em igreja. Espero que o bispo e os representantes da comunidade filipina possam chegar a um acordo.

– Macau está num período de grandes mudanças e as pessoas parecem cada vez mais obcecadas em fazer dinheiro. Como se consegue fazer passar a mensagem de Deus num ambiente destes?
L. R. – É muito, muito difícil. Agora temos em Macau todo o tipo de divertimentos, e ninguém se preocupa mais em ir à missa. As pessoas só se preocupam com assistência espiritual quando estão a morrer (risos). A maior parte dos jovens esquece a Igreja logo após a primeira comunhão, porque não existe qualquer espécie de continuidade em casa. Procuramos estimulá-los, mas é muito difícil. E faltam-nos padres. Recentemente trouxemos alguns da Coreia e tentámos também trazer alguns de Portugal, mas não vieram porque são lá precisos. Um que já aqui trabalhou connosco, não lhe permitiram que voltasse porque é responsável em Portugal por 7 igrejas! Temos que fazer alguma coisa para mudar este estado de coisas. Temos que sair do nosso canto, temos que nos aproximar das pessoas. Temos que socializar – se preciso, beber até um copo (risos). Caso contrário, não vamos a lado nenhum.

– Diria que os sacerdotes católicos têm muito a aprender com as igrejas evangélicas?
L. R. – Ah sim, com certeza. Nós estamos ainda no século XIX. Temos que nos adaptar ao mundo de hoje.

– Tem vindo a acompanhar a controvérsia nos EUA sobre os sermões do reverendo Wright, a que esteve ligado durante muitos anos o candidato à nomeação do Partido Democrata para as presidenciais, Barack Obama? Pondo de lado o tom racista ou qualquer outro aspecto negativo de conteúdo, acha que a Igreja Católica deveria adoptar o mesmo tipo de protagonismo político-social?
L. R. – Ah sim, precisamos muito daquele tipo de gente, com real capacidade para comunicar com as pessoas. Como já disse numa entrevista anterior, precisamos, tal como os casinos, dos nossos próprios junkets, se é que estamos interessados em atrair as pessoas até nós (risos). Estamos muito inactivos, em total estagnação, enquanto que em Hong Kong ou Singapura, por exemplo, estão a dar-se muito bem.

– Hong Kong tem um bispo irreverente e controverso. Ajudaria ter aqui um bispo com o mesmo perfil?
L. R. – Por que não? Gostaria de ter aqui alguém como ele, sim.

– Alguém que estivesse disposto a levantar frequentemente a sua voz em nome da defesa dos direitos humanos?
L. R. – Sim, nós temos que lutar por alguma coisa. Se não, é só deixar andar. É laisser faire, laisser vivre. Mas não, nós somos lutadores. Eu prefiro a acção. Nós temos os nossos valores e temos que defendê-los. Temos que ir lá para fora e falar sobre tudo isso.

– Comunga de uma ideia hoje mais ou menos generalizada de que as injustiças sociais estão a crescer em Macau?
L. R. – Bom, temos todos que reconhecer que a riqueza está a crescer em Macau, e também que o governo tem procurado dar passos para apoiar os mais idosos e os mais desfavorecidos. Mas também é verdade que continua a haver pobreza em Macau. E sempre que o governo vem com novas medidas para melhorar as coisas, a impressão que fica é que os benefícios são iguais para os que têm dinheiro e para os que mais precisam. E isso não me parece que faça muito sentido.

– Numa cidade dita de pecado, que papel deve desempenhar a Igreja?
L. R. – Bem, não há nada a fazer quanto ao jogo: Macau depende dele. Mas isso não nos impede de aconselharmos as pessoas a cuidarem bem das suas famílias. Não lhes dizemos ‘Não joguem!’, por acharmos que seria contraproducente. Ma dizemos-lhes para tomarem conta das suas famílias, para as manterem unidas. E, em privado, podemos obviamente ser um pouco mais persuasivos. Ao contrário do que muitas vezes se diz, o vício do jogo é um problema grave no seio das famílias de Macau – não afecta apenas os que nos visitam. Felizmente, os funcionários públicos continuam proibidos de jogar, e a própria subida da idade mínima de acesso a casinos, de 18 para 21 anos, pode também ajudar a conter o problema.

– O Vaticano parece estar hoje preocupado com pecados mais actuais, como a manipulação genética, crimes contra o Ambiente, injustiças sociais, pedofilia, entre outros. Acha necessário esse esforço de que se fala de actualização da lista dos pecados mortais?
L. R. – Para mim, os pecados estão todos indicados nos Dez Mandamentos. Está lá tudo. O senso comum encarrega-se depois de nos dizer, a cada momento, o que é errado. O senso comum ajuda-nos a encontrar a melhor interpretação para o mandamento de que ‘Não Matarás!’ O aborto, por exemplo, é matar. Pense-se sobre o aborto o que se pensar, é matar. Atentar contra a Natureza, em última análise, é como envenenar o nosso semelhante; é matar. Senso comum é aqui a expressão chave. A pedofilia é contra a Natureza, por isso é pecado. Os casamentos homossexuais, a mesma coisa. Não é preciso ir à Bíblia para se perceber o que está certo e o que está errado. A clonagem humana, por exemplo, toda a gente dirá que é absolutamente inaceitável.

– Mas as experiências genéticas são essenciais para o progresso das ciências médicas, não?
L. R. – Será? Eu não sou a favor disso. De qualquer modo, prefiro que seja o Vaticano a dizer-me o que devo fazer, pois eles é que são os mestres (risos). Eles têm os seus próprios cientistas para essas questões.

– Já os tinham no tempo de Galileu...
L. R. – (Risos) Sim, é verdade, toda a gente comete erros. Mas sabe o que dizem sobre ele ainda hoje? ‘Era um grande cientista, é verdade, mas não era grande coisa como teólogo’ (risos). A Igreja cometeu aí um erro, é inegável, mas já pediu desculpa por isso.

– Quem sabe não terá que fazê-lo muitas outras vezes no futuro...
L. R. – Sem dúvida. A única coisa em que não nos podemos dar ao luxo de cometer erros é em questões dogmáticas. Nas outras questões os erros não são tão importantes quanto isso.

– O Vaticano decidiu recentemente constituir uma comissão para tratar da questão da China. Acredita numa efectiva reconciliação para breve entre Roma e Pequim?
L. R. – Só o dialogo o dirá. Temos que conversar, conversar e conversar, até nos cansarmos de tanto conversar. É o único meio. Temos que nos respeitar mutuamente e temos que ser construtivos. Pequim não aceita um embaixador da Igreja sedeado em Taiwan, e mais tarde ou mais cedo o Vaticano acabará por deixá-lo cair. O governo de Taipé sabe disso e até já se conformou com essa inevitabilidade. Eles só não querem é ficar completamente isolados, e por isso a Igreja terá que encontrar um processo de continuar a apoiá-los. Mas a transferência do embaixador para Pequim isso vai fazer-se – não existe nenhuma dúvida quanto a isso. O maior obstáculo do momento parece ser esta ideia que Pequim tem que a Igreja é um partido político. Não, nós não somos um partido. Nós não queremos estar contra o governo chinês. Nós encorajamos as pessoas a serem patrióticas, porque entendemos que isso é muito importante em qualquer Nação. Nós apenas queremos conquistar os corações das pessoas. Para quê? Para as persuadirmos a amarem Deus e os seus vizinhos – é tudo. Nós não somos um partido. Nós ensinamos as pessoas a obedecerem às leis da Igreja, e ao fazermo-lo estamos a reforçar a sua receptividade a uma obediência às leis do governo. Nós ensinamos as pessoas a defenderem o que é certo, e rejeitarem o que é errado. Nós ajudamos a formar bons cidadãos.

– Quando prevê que possa haver um acordo decisivo entre Pequim e o Vaticano?
L. R. – Bem, a reconciliação vai levar muito tempo – não vai acontecer num futuro próximo. É algo a ser atingido por uma nova geração de líderes. As ideias não se mudam com facilidade. Durante 40 anos eles viveram sem Deus, por assim dizer. Todos os missionários foram expulsos, católicos, protestantes, budistas, todos foram escorraçados. O governo era oficialmente um governo ateu. Agora não é fácil conseguirmos convencê-los de que só queremos ajudar.
– Que papel pode Macau desempenhar nessa aproximação, em todo o caso?
L. R. – Macau pode ajudar muito. Se quiserem, Macau pode acolher seminaristas chineses que venham para aqui estudar. Se o governo chinês assim o entender, Macau pode ajudar a formar uma nova geração de padres chineses.

– Como está a Igreja Católica na China por estes dias?
L. R. – Está bem – e refiro-me tanto à Patriótica quanto à Clandestina. Trabalhei com gente de ambos os lados. Os padres mais jovens são muito bons. Oferecemos-lhes motos para lhes permitir chegarem aos sítios mais inacessíveis. Fazem muito, com muito pouco. E os bispos, todos eles passaram já por soesões. E isso fortaleceu-os. Mas estão cada vez a conseguir lidar melhor com as autoridades, o que é bom. O mesmo se aplica a outras religiões. Eu vi muitos templos destruídos na China, mas também vi muitos templos cheios de pessoas, o que é bom porque a religião é algo de muito importante. O ser humano precisa de ter um lado espiritual na sua existência.

– Como comenta o que se está a passar no Tibete?
L. R. – Eu digo sobre isso o que o Papa já disse muitas vezes, que não devia haver violência. Mas por que está a haver? Eles querem ser livres, essa é que é a grande questão. Eles querem ter liberdade religiosa, que foi suprimida durante tanto tempo. O Dalai Lama deixou o Tibete, e se as coisas continuarem como estão a própria cultura e religião tibetanas vão acabar por desaparecer. É isso que eles receiam – espero que não aconteça. Os dois lados deviam estar abertos ao dialogo. A violência não é solução. É claro, alguém começou a revolta no Tibete, mas 40 anos é tempo de sobra, não acha? É uma pena que tudo isto esteja a acontecer. Os tibetanos são um povo sereno, e a China devia olhar para toda esta questão com muita prudência.

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