Primeiro Fórum sobre questões do ambiente em Macau acabou com saldo positivo
Cooperação ambiental
sem fronteiras
Cooperação ambiental
sem fronteiras
Um encontro bem sucedido das indústrias verdes e uma sólida afirmação de parceria e cooperação internacional para a protecção do ambiente. Em termos genéricos, é este o balanço do primeiro Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental Macau 2008 (MIECF, na sigla inglesa), que juntou, ao longo de três dias, vários especialistas que debateram as questões do ambiente no Grande Delta do Rio das Pérolas.
O evento foi organizado pelo Governo da RAEM e contou com o apoio do Ministério da Protecção Ambiental da China.
Ao todo, foram 850 os oradores que contribuíram com apresentações para uma abordagem sobre a cooperação internacional em questões ambientais, segurança energética, gestão de recursos hídricos e desenvolvimento sustentável.
As intervenções sobre o quadro actual e avanços na área de poupança de energia e redução de emissões de gases nas províncias de Guangdong e de Yunnan despertaram grande interesse, a par do tópico do desenvolvimento de bio-combustíveis no Brasil e estudo sobre o seu implemento na China.
A comunidade científica chinesa presente no encontro traduziu bem o compromisso do ideal “Thinking Green, Going Clean and Living Cool”, com destaque para a intervenção do professor Zhang Kunmin, que passou em revista a estratégia da China para a definição das linhas gerais da política de energia sustentável e o seu compromisso com o Programa Nacional sobre Alteração do Clima”
Peritos de três continentes (Europa, América e Ásia) partilharam soluções sobre energia eólica, com especial destaque para as recomendações sobre “Energia Inteligente” como uma abordagem sensível de sustentabilidade para Macau, a par de sugestões de aplicação na Região Administrativa Especial para minimizar o impacto da expansão acelerada do jogo e indústrias de hospitalidade no território.
Água e construção inteligente
“Uso Eficiente e Tratamento da Água” foi outro tema que mereceu uma atenção generalizado, com Martin Grambow, uma autoridade europeia em gestão de recursos hídricos, a apontar “o quadro da situação da água em todo o mundo como desanimador” e a ”urgência de se agir já”, em consonância com a apresentação do vice-ministro para os Recursos Hídricos da China, Hu Siyi, sobre os conceitos e mapa da via para “uma sociedade de poupança de água, como a solução mais básica e eficiente para o problema da escassez de recursos hídricos”.
Indústrias verdes, cidades inteligentes e ecológicas e transportes sustentáveis para as cidades do futuro, foram também assuntos em debate como tópicos interligados, cujas soluções representam uma abordagem integrada e compreensiva para os passos ecológicos do desenvolvimento económico.
A construção inteligente, outro tema dos trabalhos do fórum, foi alvo de dissertações variadas sobre o futuro das cidades e transportes sustentáveis, tais como bicicletas amigas do ambiente e o metro ligeiro na China, lado a lado como a poluição do ar e o aquecimento urbano, que estiveram sempre presentes ao longo do debate sobre a crise urbana.
Evento foi útil para o ICEP
Numa outra vertente do Fórum, a exposição sobre protecção ambiental, as actividades consagraram-se às transacções comerciais entre mais de 2500 profissionais presentes no certame.
Neste aspecto, Miguel Crespo, delegado do ICEP em Macau, salientou que “o evento foi muito útil para dar a conhecer a tecnologia lusa em matéria de protecção ambiental, cuja relevância tem vindo a acentuar-se desde a adesão de Portugal à União Europeia em 1986, talvez devido à importância da indústria do turismo.”
“Construção de imagem”, foi justificação unânime para a participação da maior parte das empresas na primeira edição do evento de Macau sobre protecção do ambiente, tal como referiu Kevin Kuo, da CEM.
Já para Li Xiao Ming, da Associação das Indústrias Ambientais de Hunan, o evento foi “uma boa plataforma para as empresas da província, em termos de potenciais clientes e intercâmbio tecnológico".