29.4.08

XIX Festival de Artes de Macau arranca já na próxima quinta-feira, dia 1
Maio abre com chave de ouro

Maio vai começar da melhor forma. Na próxima quinta-feira, Dia do Trabalhador - feriado que marca o início de uma "semana dourada" -, vai arrancar o XIX Festival de Artes de Macau.
A abertura será feita com chave de ouro, com os israelitas The Aluminum Show (Grande Auditório do Centro Cultural de Macau às 20 horas dos dias 1 e 2 de Maio, 5ª e 6ª-feira), um espectáculo único de movimento e dinâmica alucinantes – uma verdadeira escultura coreográfica onde dança, música, luz e teatro visual se entrelaçam na perfeição, numa colagem inesquecível. Ilan Azriel, criador do conceito, combina efeitos especiais, mecânica criativa e dança acrobática para dar vida, energia e até personalidade a objectos inanimados, criando um espectáculo emocionante e de pura adrenalina.
Na noite de sábado, dia 3, será a vez da Orquestra de Macau recuperar três preciosidades da música clássica britânica da viragem do século XX com o concerto de câmara “Imagens de Inglaterra”. Do programa fazem parte o Quarteto Fantasia para Oboé e Cordas em Fá menor, op. 2, de Benjamin Britten (1913-1976), o Quarteto de Cordas Nº 2 em Lá menor, de Ralph Vaughan Williams (1872-1958) e o Quinteto para Piano em Lá menor, op. 84, de Edward Elgar (1857-1934), três compositores incontornáveis da sua geração, prontos a renascer no Teatro D. Pedro V, às 20:00.
Também na noite de 3 de Maio, bem como no dia seguinte, no Teatro Brito Clementina Leitão Ho, Macau contará com a estreia de PingPangPong: Noridan Episódio 5, pelo grupo sul-coreano Noridan, que combina de forma inaudita música, dança, mímica e um espírito ecológico, usando instrumentos musicais feitos a partir de materiais usados para criar um espectáculo inigualável que reflecte sobre a essência do homem na sociedade moderna.
A Orquestra Chinesa de Macau remata em cheio o fim de semana no CCM, convidando o aclamado violinista Li Chuan Yun e um dos expoentes do piano a nível mundial, Yin Chengzong, a enaltecer, sob a batuta de Pang Ka Pang, a tradição da música clássica chinesa, com duas das suas peças mais celebrizadas: o Concerto para Violino Butterfly Lovers, obra inspirada numa antiga lenda de amor, e o Concerto para Piano O Rio Amarelo, baseado na famosa Cantata homónima, um símbolo do heroísmo e da solidariedade do povo chinês na sua luta contra a brutal invasão japonesa. O virtuosismo de Li Chuan Yun será também evidenciado em Zigeunerweisen (Árias Ciganas) de Pablo de Sarasate (1844-1908) e a Orquestra recordará ainda Macau Junção de Rão Kyao, numa nostalgia de encontros entre China e Portugal – a não perder, domingo, 4 de Maio, pelas 20:00 horas, no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau.

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