Nome cimeiro da gravura portuguesa; leccionou em Macau
Morreu Bartolomeu Cid dos Santos
Morreu Bartolomeu Cid dos Santos
O artista plástico Bartolomeu Cid dos Santos, um dos nomes centrais da Gravura portuguesa, faleceu ontem em Londres, aos 77 anos, informaram fontes próximas do artista.
O escritor Luís Amorim de Sousa, amigo de longa data do artista, referiu à Lusa que este se encontrava doente há já algum tempo.
Bartolomeu Cid, disse, é uma figura "fundamental na evolução da Gravura", um artista de "dimensão internacional", conhecido dentro e fora da Europa, e que "dedicou a vida inteira à actividade artística".
Bartolomeu Cid dos Santos nasceu em 1931 em Lisboa, em cuja Escola Superior de Belas Artes estudou de 1950 a 1956, prosseguindo a sua formação na Slade School of Fine Art em Londres, de 1956 a 1958, com Anthony Gross.
Nesta mesma escola de belas artes londrina viria a ser professor, de 1961 a 1996, no Departamento de Gravura, tendo sido igualmente artista visitante em numerosos estabelecimentos similares na Grã-Bretanha.
Foi ainda professor visitante da Universidade de Wisconsin, em Madison em 1969 e 1980, na Konstkollan Umea, Suécia, em 1977 e 1978, no National College of Art em Lahore, Paquistão, em 1986 e 1987, e na Academia de Artes Visuais de Macau em muitas ocasiões.
Realizou a sua primeira exposição individual em 1959, na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa. Desde então expôs individualmente 82 vezes.
Trabalhos da sua autoria integram o acervo de instituições públicas e privadas nacionais e internacionais.
Têm assinatura de Bartolomeu Cid dos Santos os painéis da estação do Metro de Entrecampos em Lisboa.