Organismo de investigação alega respeitar "sempre" a lei
CCAC "lamenta" comunicado da AAM
CCAC "lamenta" comunicado da AAM
O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) "lamenta profundamente" o comunicado da Associação de Advogados de Macau (AAM) difundido na última quinta-feira, que acusava o organismo de investigação de "violação grosseira do segredo de justiça", devido a notas de imprensa sobre processos alegadamente conexos ao caso de Ao Man Long "mencionarem diversos pormenores da investigação" e de se "revelarem os nomes de alguns dos alegados envolvidos".
Numa comunicado tornado público um dia depois do documento da AAM, o CCAC afirma que "desenvolve, desde sempre, a sua actividade no respeito pela lei, divulgando oportunamente informações para que os cidadãos conheçam as realidades e os problemas mais recentes em matéria de integridade no território e para que se juntem ao organismo no exercício da fiscalização sobre o poder público."
No mesmo documento pode ler-se ainda que "as acções em prol de uma sociedade íntegra em Macau não só têm contado com a confiança e apoio dos cidadãos, como também têm merecido o reconhecimento da comunidade internacional."
A AAM manifestou a sua "preocupação pelo facto de o CCAC, a quem cabe zelar pela observância da lei, adoptar condutas que põem em causa o primado do Direito e que contribuem para desprestigiar e desacreditar as Instituições."
Recorde-se que já em Janeiro do ano passado a AAM criticou a conduta do CCAC, na altura devido ao caso Ao Man Long. O presidente da AAM, Jorge Neto Valente, considerou que o CCAC violou o segredo de justiça quando divulgou o funcionamento do esquema de subornos que envolvia o ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, isto antes de Ao Man Long ter sido julgado e condenado por corrupção.