Vítimas de burla imobiliária na China exigem “acção” das autoridades de Zhongshan
Sozinhos e sem casa
Sozinhos e sem casa
Quase uma centena de representantes do grupo de 130 residentes de Macau burlados por um agente imobiliário da região vizinha de Zongshan dizem-se abandonados e descrentes da vontade das autoridades chinesas em resolver a sua situação. Por seu turno as autoridades provinciais chinesas asseguram que estão a desenvolver diligências e lembram que a policia já deteve o principal suspeito.
A 14 de Abril cerca de quatro dezenas de representantes do grupo deslocaram-se a Zhongshan para entregar a petição às autoridades locais, a quem pediram ajuda.
De acordo com Chan Pie Ching, representante das vítimas, os pedidos de apoio feitos junto do Governo de Macau e do Gabinete de Ligação Central não tiveram resultados, pelo que se viram "obrigados" a recorrerem às autoridades do continente.
Agora os burlados dizem também não acreditar na eficácia e vontade de resolver o problema por parte das autoridades daquela município. As novas denúncias foram feitas ontem numa conferência de imprensa realizada num restaurante da Ilha Verde e que foi notícia no jornal Va Kio. O porta-voz do grupo considerou que a detenção do principal suspeito foi importante, um primeiro passo, mas não mais que isso. Insinuou a existência de um conluio entre autoridades municipais, conservatória de registo predial e os bancos credores do suspeito.
Segundo o Va Kio as autoridades do município de Zhongshan refutam as criticas e asseguram estar a seguir os trâmites legais. Um responsável municipal disse que estão todas as hipóteses em aberto, incluindo o pagamento de compensações aos lesados.
A burla em questão afectou 130 residentes da RAEM. O caso envolve um empresário da construção civil do continente, e os cidadãos de Macau investiram mais de 100 milhões de patacas num projecto imobiliário em Zhongshan.
Todavia, após a conclusão das obras, tiveram dificuldades em aceder aos seus apartamentos. Descobriram mais tarde que as casas que tinham adquirido já estava registadas em nome de outras pessoas, e não possuem qualquer registo válido que comprove a compra dos apartamentos.
