Primeira empresa de experiências da Ásia lançada em Macau por empresário português
Da cozinha até ao espaço
Um universo de aventuras, num mundo que se torna, de dia para dia, cada vez mais pequeno e mais acessível. Foi a partir destes conceitos que o empresário português Raul Azevedo criou a Small World Experiences. A empresa promete realizar os ‘sonhos’ que “tivemos em criança, mas que julgámos nunca realizar.” Agora, quase tudo é possível. De Macau para – e com – o resto do mundo
Alfredo Vaz
Da cozinha até ao espaço
Um universo de aventuras, num mundo que se torna, de dia para dia, cada vez mais pequeno e mais acessível. Foi a partir destes conceitos que o empresário português Raul Azevedo criou a Small World Experiences. A empresa promete realizar os ‘sonhos’ que “tivemos em criança, mas que julgámos nunca realizar.” Agora, quase tudo é possível. De Macau para – e com – o resto do mundo
Alfredo Vaz
Macau está a ficar ‘sexy’. Esta descrição ouve-se cada vez mais da boca de visitantes. A frase – diz-se – nasceu dos nossos ‘vizinhos’ de Hong Kong, maioritariamente ‘gente insuspeita’ quando se trata de fazer elogios às qualidades de quem mora ao lado, na RAEM.
A Small World Experiences (SWE) nasceu da criatividade, iniciativa, dinamismo e empenho do empresário português radicado há vários anos na RAEM. A cidade deu-lhe muito: um Amor, uma paixão, um filho, e muitas oportunidades e contactos, estava na altura de retribuir, considera Raul Azevedo: “Esta terra é um sitio fantástico, com muito para fazer. Esta é a nossa pequena contribuição.”
Para a SWE os limites são a imaginação e a capacidade financeira de cada um ou de cada empresa ou organização. A oferta é vasta: 500 experiências, 70 por cento baseadas em Macau, 20 por cento em Hong Kong, as outras no resto do mundo: das profundezas dos oceanos, até ao espaço. Do mergulho a 5000 metros de profundidade para ver os destroços do mítico Titanic, às fronteiras galácticas a bordo da Virgin Galaxy. Ou com os pés mais perto da terra: viagens de helicóptero sobre a zona histórica da velha Macau, a voos sobre a nova – futurista até – zona do COTAI.
12 categorias, do mais zen, aos mais radical.
Para aniversários, casamentos, ou das próprias empresas que queiram oferecer a colaboradores, empregados os prémios de fim de ano.
A experiência mais cara – três milhões de patacas – é um voo espacial, um acordo firmado com a Virgin Galaxy, do magnata inglês Richard Branson, patrão da Virgin Records, e da Virgin Air: “Quando houver voos espaciais, já houve 18 no mundo inteiro que a compraram. É uma experiência fantástica. Temos também um mergulho ao Titanic, a 5000 mil metros de profundidade e uma série de aventuras pelo mundo fora, para as pessoas sonharem. Mas o foco é cá dentro: para turistas – para visitantes – e também para as empresas nos seus prémios, nos seus incentivos aos clientes e colaboradores” disse o dono da SWE.
Raul Azevedo, que ontem organizou um evento de lançamento num hotel de Coloane oferecendo aos convidados dezoito experiências que fazem parte do catálogo da empresa, explicou que há duas filosofias, duas razões para comprar o produto: “Uma delas é o aprender alguma coisa – a pintar, a cozinhar, escultura; outra é a questão do puro divertimento. Há imensas coisas para fazer: desde 300 patacas, a três milhões de patacas.”
O conceito de ‘experience company’ é um conceito que nasceu em Inglaterra há vinte anos (redletterdays.co.uk), que se expandiu para Espanha, Portugal, um pouco pela Europa Continental, que está nos Estados Unidos, Nova Zelândia, e esta é a primeira na Ásia. “Estamos a ver se o mercado chinês reage bem, ou reage mal. Decidimos experimentar, e parece-nos que a reacção é boa. Temos dois desafios: o principal é saber se o mercado está pronto para isto. O mercado chinês é considerado mais materialista - é um preconceito, uma ideia que está instalada na cabeça das pessoas - mas acho que já não é verdade. Durante o ano em que estivemos a preparar a empresa, a trabalhar com mais de 200 fornecedores em Macau, e Hong Kong a compilar estas 500 experiências, falámos com bastantes pessoas chinesas e notamos que o mercado está mais aberto a este tipo de coisas do que se julga. Por outro lado, em Macau fala-se do rigor, do profissionalismo do próprio fornecedor, se são capazes de oferecer aos clientes aquilo que nós estamos a vender, e estamos a descobrir coisas extraordinárias em Macau. Tudo faremos para sempre inovar e surpreender os nossos clientes”, assegurou o empresário.
Um mundo de diferenças
Pegando no slogan de uma das campanhas mais atractivas da Direcção dos Serviços de Turismo, ‘Num mundo de diferenças, a diferença é Macau’, Raul Azevedo considera o mercado local como muito interessante mas com um ‘problema’ que a sua empresa espera poder ajudar a suprir, ou pelo menos minimizar.
O ‘problema’ identificado é o tempo de permanência média no território que já excedeu os 1,2 , 1, 3 dias de média, mas que “ainda é pouco (...) Não é que não haja nada para fazer, é porque não é fácil fazer. Nós vamos oferecer o produto a todas as agencias de viagens, para que as pessoas que querem fazer coisas possam estender o seu tempo de permanência em Macau. Que façam os seus ‘packages’, não vindo por Hong Kong, mas que aqui fiquem mais tempo, dois, três, quatro dias. Há imensa coisa para se fazer em Macau, esta terra é um sito fantástico, com muito para fazer. Esta é a nossa pequena contribuição, não só de as descobrir, mas de uma maneira simples, credível e responsável de as apresentar.”
João Manuel Costa Antunes, director dos Serviços de Turismo da RAEM, convidado da cerimónia de ontem, considerou que a empresa poderá ajudará a variar a oferta turística da RAEM: “Macau, pelas suas características e pela sua dimensão oferece condições naturais para se poder organizar eventos multi-facetados, que podem ajudar as pessoas a terem uma ideia de Macau não só como uma cidade de entretenimento e de lazer, mas igualmente de convenções, e também ao nível de incentivos e de experiências
“penso que o que foi lançado hoje (ontem) é uma iniciativa que pode ser aproveitada quer por pessoas a nível individual, mas muito mais. Eu aposto muito na organização a nível de companhias, de grupos, de convenções, poderem ser organizados alguns eventos com a experiência que foi aqui demonstrada. Acho que pela sua escala, pelas suas características próprias, pelas sua variedade de produtos, Macau pode apresentar nesta região do mundo como produto único. Estou a dar os parabéns aos membros da companhia.”
Pode ser então uma oferta complementar ao sector das convenções e da organização de eventos? “Absolutamente”, considerou Costa Antunes: “As pessoas que vivem um período de convenções, ou reuniões de companhia, as pessoas querem ter uma memoria para a vida. Quer ter algo diferente de tudo o resto que já tiveram, que os outros já tiveram. E não é fácil na nossa cidade, que tem tanta variedade, não apresenta ainda – ou não apresentava – profissionais preparados para poder ajudar a organização dessas conferências e poderem propiciar estes produtos de qualidade. Sinceramente acho que assistimos hoje (ontem) a um momento diferente de Macau, que cruza muito bem com as suas componentes culturais, que dificilmente se encontrarão em outra parte do mundo.”
CAIXA
Um prémio de sonho para um residente de Macau
Um prémio de sonho para um residente de Macau
A partir de hoje, e a todos os 16 de Maio, a SWE quer passar a celebrar o Experience Day.
“Queremos que mais empresas se juntem a nós. Pretendemos que este seja um dia em que as pessoas parem para pensar há quanto tempo é que não fazem uma coisa diferente, não saem da sua zona de conforto e tentam algo de diferente, algo que estão há bastante tempo e nunca o fizeram”, disse o presidente da empresa.
Para celebrar este dia, a SWE vai proporcionar a todos os residentes de Macau que se inscrevam no ‘web site’ da companhia (www.smallworldexperience.com) uma experiência de sonho, que se quer inolvidável. Para completar a inscrição, basta colocar o número de Bilhete de Identidade de Residente e o contacto de e-mail (endereço electrónico), até ao dia 31 de Maio. No dia 2 de Junho realiza-se o sorteio’: “Vamos sortear um prémio de sonho, proporcionar uma experiência única a um residente de Macau. A pessoa poderá escolher entre conduzir um Fórmula 1 em França ou em Inglaterra, mergulho ao Titanic, a experiência de gravidade zero – um ‘charter’, um Boeing 727 que voa num formato de parábola durante uns segundos – e que é absolutamente extraordinário, ou ainda um mergulho com tubarões brancos, um dos animais mais ferozes do mundo. É isto que queremos oferecer a um residente de Macau: uma coisa que é ‘algo inacessível’, que é possível mas não é fácil fazer.”