Au Kam San acusa autoridades de
"desonestidade" no caso das "listas negras"
"desonestidade" no caso das "listas negras"
O deputado do Novo Macau Democrático insiste em dizer que acredita que há uma lista negra nas fronteiras de Macau.
As autoridades negaram-no recentemente na resposta a uma interpelação de Au Kam San. Mas o deputado pegou nessa resposta para avançar com uma nova interpelação escrita ao Governo considerando que a primeira foi desonesta.
Na segunda interpelação Au pergunta por que razão os serviços de imigração proibiram a entrada no território a determinados residentes de Hong Kong reportando-se ao mais recente caso, há semana e meia, envolvendo Christina Chang. A jovem estudante universitária de Hong Kong, que em Maio ganhou notoriedade na praça pública ao desfraldar uma bandeira e protestar pelos direitos humanos no Tibete quando da passagem da Tocha Olímpica pela RAEHK, foi impedida de entrar na RAEM.
O deputado diz que a soma dos exemplos revela um padrão, e por isso uma ‘lista negra’, crê Au.
Nesta sua mais recente interpelação, Au diz acreditar que as autoridades policiais estão a seguir ordens do Chefe do Executivo e sublinha que a proibição de entrada no território viola as leis de Macau.
Na interpelação, Au Kam San sublinha ainda que Macau, como destino turístico, não pode impedir a entrada de pessoas, sob pena de manchar a sua imagem. Para o deputado este é um assunto muito sério, que pode afectar a RAEM.
No início do mês, o chefe do Gabinete do secretário para a Segurança, Vong Chun Fat, negou a existência de uma ‘lista negra’. Na resposta à primeira interpelação de Au Kam San o responsável afirma que "o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) tem a responsabilidade de recusar, conforme disposição legal, a entrada em Macau de pessoas não residentes que não reúnam os requisitos de entrada, por forma a defender a segurança e ordem pública de Macau, salvaguardando a tranquilidade da sociedade e da população."
