2.7.08

Marcha pela democracia marca décimo primeiro aniversário da RAEHK
"Será que o Nepal está preparado para a democracia
e Hong Kong está atrasado?'"


Dezenas de milhares de pessoas desfilaram ontem pelas ruas de Hong Kong na tradicional "marcha pela democracia" que se realiza no aniversário da Região Administrativa Especial, que conta já onze anos desde o regresso à soberania chinesa.
De acordo com o relato das agências internacionais, a marcha decorreu de forma pacífica desde Victoria Park até à sede do governo local, em Central, perfazendo um total de quatro quilómetros. Segundo os números avançados pelo porta-voz da polícia, Chau Yau-fai, seriam 15,500 os manifestantes que participaram no desfile. Já os organizadores têm uma versão diferente: argumentam que reuniram 47 mil pessoas.
Certo é o mote que juntou os milhares de pessoas: uma transição mais rápida do sistema político de Hong Kong rumo à democracia. "Uma pessoa, um voto! É este o sistema mais aberto e justo, adoptado por mais de meio mundo", disse Allen Lee, antigo membro da Assembleia Nacional Popular, o principal órgão legislativo da República Popular da China. "Muitas pessoas contestam que Hong Kong não está preparada para a democracia; que as pessoas de Hong Kong não percebem a democracia. Nós respondemos: o Nepal devolveu o poder ao povo. Será que o Nepal está preparado para a democracia e Hong Kong está atrasado em relação ao Nepal? É inaceitável", acrescentou Allen Lee.
Em Dezembro de 2007, a China fez saber que os residentes de Hong Kong vão poder eleger directamente o chefe do Executivo em 2017, e os deputados nas eleições de 2020.
Ainda ontem, o governo de Hong Kong publicou um comunicado no seu sítio electrónico no qual se afirmava terem já sido feitos "progressos substanciais" rumo à democracia. Nos próximos meses deverá ser anunciado quando irá o governo chefiado por Donald Tsang auscultar a população sobre os métodos eleitorais para a escolha do chefe do Executivo em 2012.
Um estudo realizado pela Universidade de Hong Kong divulgado ontem revela que 50 por cento dos entrevistados (um número recorde) sente orgulho em ser um cidadão chinês. Em 1997, um estudo semelhante revelava que esse número era apenas de 46,6 por cento.

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