Trabalhadores do Grand Waldo e Presidente são os afastados
Maus resultados levam Galaxy
a despedir 270 funcionários
Maus resultados levam Galaxy
a despedir 270 funcionários
A Galaxy Resorts anunciou um corte de 270 dos seus cerca de 7.000 funcionários em dois casinos operados pela empresa em Macau e que, no primeiro trimestre do ano, registaram resultados que a companhia classificou como "desapontantes".
Em declarações à agência Lusa, David Banks, chefe de operações da Galaxy Resorts, explicou que a saída dos 270 funcionários de vários sectores da actividade foi concentrada nos casinos Grand Waldo e Presidente e deveu-se às “actuais condições do mercado naqueles dois espaços de jogo”.
O mesmo responsável salientou que "os funcionários que agora vão sair irão voltar a ser contratados” quando a empresa “abrir o seu mega resort na ilha da Taipa ou quando as condições de mercado o permitirem”.
Recentemente, a Galaxy Resorts anunciou os resultados do primeiro trimestre, onde se destaca o crescimento de 28 por cento das receitas no Star World hotel/casino para 1,83 mil milhões de dólares de Hong Kong.
Nos restantes casinos – onde estão incluídos o Grand Waldo e o Presidente – registou-se uma quebra de quase 55 por cento, para 520 milhões de dólares de Hong Kong.
Já o Ebitda do grupo caiu de 267 milhões de dólares de Hong Kong nos primeiros três meses de 2007 para 210 milhões de dólares de Hong Kong apurados no primeiro trimestre deste ano, com o Star World a registar uma ligeira subida de 179 milhões em 2007 para 183 milhões de dólares de Hong Kong no mesmo período de 2008.
Nos restantes quatro casinos da empresa, o Ebitda caiu cerca de 96 por cento passando dos 76 milhões de dólares nos primeiros três meses de 2007 para apenas três milhões de dólares de Hong Kong no mesmo período deste ano, resultados considerados pelos responsáveis da companhia como “desapontantes”.
Trabalhadores descontentes
A decisão da Galaxy tem efeitos já a partir de hoje e afecta vários serviços dos dois casinos, desde "dealers" ao sector da segurança, incluindo o sector da supervisão. A empresa afirmou, num comunicado distribuído ontem, que pretende agora maximizar os recursos nos dois espaços de jogo.
Ontem à tarde, a maior parte dos trabalhadores afectados por esta decisão foram à Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais, onde protestaram pelo tratamento da empresa.
Um dos representantes dos trabalhadores despedidos acusou a Galaxy de ter substituído os trabalhadores locais por funcionários estrangeiros, o que alegam ser uma prática recorrente na empresa. O mesmo representante acusou ainda o Governo de não actuar no sentido de pôr cobro a esta situação.
Os trabalhadores propuseram ao Executivo um encontro com o secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam.