19.8.08

Família do antigo aluno da Escola Portuguesa regressou definitivamente a Portugal
Pais de Luís Amorim ponderam acções judiciais

A família do jovem português Luís Amorim, que apareceu morto em Setembro de 2007, em Macau, regressou ontem definitivamente a Portugal, no mesmo dia em que a imprensa em português do território divulgou uma carta aberta às autoridades pedindo ajuda para a investigação do caso.
Ontem, em declarações à agência Lusa, José Amorim, pai do malogrado jovem, disse ainda que "estão a ser ponderadas acções judiciais contra pessoas e entidades" que os pais consideram que "conduziram mal o processo".
Acrescentou que as muitas dificuldades por que passaram para obter elementos e a forma como viram o desenrolar do processo levam a crer, tal como dizem na carta, que "Macau não estará provavelmente dotado de um Ministério Público e de uma Polícia Judiciária imunes a pressões externas".
José Amorim explicou também que "não vai desistir de conhecer a verdade" sobre a morte do filho" e que regressará a Macau "sempre que tal se mostrar necessário para fazer avançar o processo".
Além das autoridades de Macau, a família de Luís Amorim enviou também para o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês - para o Gabinete dos Assuntos de Macau e Hong Kong - a cópia do relatório dos técnicos de medicina legal portugueses, apelando também para a ajuda das autoridades da China na resolução do caso.
A 30 de Setembro de 2007, Luís Amorim, 17 anos, aluno da Escola Portuguesa de Macau, apareceu morto na Avenida Marginal, por baixo da ponte Nobre de Carvalho, tendo as autoridades locais concluído tratar-se de um caso de suicídio.
Os pais de Luís Amorim consideram ser "hoje evidente" que o filho foi vítima de "um crime hediondo", mas recordam que para o provar "é necessário exumar o corpo e proceder a uma segunda autópsia (...) para validar algumas das hipóteses formuladas pela equipa do Instituto que realizou o relatório".
Na carta, dirigida ao Chefe do Executivo, Edmund Ho, ao presidente do Tribunal de Última Instância, ao Procurador-Geral e ao Provedor de Justiça, é recordado que um relatório do Instituto de Medicina Legal de Portugal, feito através de documentos e fotografias do cadáver, levanta a possibilidade do jovem ter sido morto e não se ter suicidado, como foi defendido pelas autoridades locais.
Maria e José Amorim, que assinam a carta, pedem, assim, aos responsáveis políticos e da Justiça de Macau que seja autorizada a emissão de uma carta rogatória de forma a ser possível realizar em Portugal uma segunda autópsia, o que, acusam, "um mês depois da entrada do pedido" ainda não foi despachado.

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