Hong Kong na mira do Guia Michelin
A Região Administrativa Especial de Hong Kong deverá ser a segunda cidade asiática a ter os seus restaurantes no Guia Michelin, noticiava ontem a imprensa da antiga colónia britânica.
De acordo com a imprensa, autores de textos para o guia foram identificados a fazer visitas a alguns dos principais restaurantes da cidade, depois de em Novembro terem feito o mesmo para Tóquio, que está no roteiro da Michelin desde Novembro do ano passado.
“Recebi uma chamada há alguns meses de duas pessoas que disseram ser do Guia Michelin e que queriam ver as nossas instalações. Mostrei-lhes o hotel”, afirmou Tina Di Cicco, directora de comunicação do InterContinental Grand Stanford.
Dias mais tarde, um homem europeu jantou no restaurante italiano do hotel de cinco estrelas e mostrou a sua identificação da Michelin quando pagava a conta, acrescentou.
Além do InterContinental, pelo menos o Mandarim Oriental de Hong Kong também foi visitado pelos homens do Guia Michelin e de acordo com o diário South China Morning Post, o Guia para Hong Kong deverá ser lançado no final do corrente ano, uma decisão que a companhia recusa comentar.
Mas apesar da publicidade e do reconhecimento internacional do Guia Michelin, Hugo Leung, um crítico de culinária de Hong Kong, não leva muito a sério a iniciativa.
“É bom ter um guia mas não o podemos levar muito a sério”, disse ao salientar que a “cozinha chinesa tem tanta variedade que nem um guia como o da Michelin poderá representar todos os paladares”.