21.8.08

Mercado reage mal a intenções do governo central chinês
Restrições a vistos fazem
operadoras cair na Bolsa


A notícia avançada pela agência Lusa de que a China ponderava implementar mais restrições na emissão de vistos individuais para Macau teve efeitos negativos no valor das acções das operadoras cotadas na bolsa em Nova Iorque, com a Bloomberg a reportar que tanto a Sands como a Wynn, MGM Mirage e a Melco PBL registaram perdas depois de terem sido conhecidos os planos do governo central chinês.
Na terça-feira, as acções da Las Vegas Sands caíram 5,40 dólares norte-americanos, ou 11%, para 45.53 dólares, enquanto a MGM desvalorizou 2.94 dólares, ou 9.4%, para 28.36 dólares. No índice Nasdaq, a Wynn caiu 4.3% e a Melco 11%.
De acordo com analistas ouvidos pela agência Bloomberg, a possibilidade de a China limitar a concessão de vistos para os seus cidadãos visitarem Macau representa um "elevado risco para as operações do jogo na região", facto que era tido em conta igualmente na notícia da agência portuguesa, que citava uma fonte oficial.
A Lusa recordava que o número de visitantes em Macau cresceu de 16,6 milhões em 2004 para 27,9 milhões em 2007, mas só no primeiro semestre deste ano o turismo estava a subir 18,1 por cento para quase 15 milhões de visitantes.
Perante um quadro de forte crescimento e ainda com vários hotéis/casino por abrir, as autoridades chinesas estão dispostas a diminuir o número de vezes que autorizam os seus cidadãos a deslocarem-se a título individual a Macau, explicou uma fonte do sector do turismo apontando os seis meses como "forte possibilidade" das novas regras.
Actualmente, os cidadãos chineses podem pedir vistos para Macau uma vez por mês, mas os cerca de 30 dias que demora a emissão do visto acabam por limitar as deslocações a uma por cada dois meses.
Apesar das restrições já impostas este ano, os números do turismo e do jogo continuam em forte alta, mas é previsível que "nos últimos meses do ano já se sinta algum abrandamento", admitiu a fonte contactada pela Lusa.


CAIXA
Acções da SJM caíram 23,7% num mês

Um mês depois da entrada na bolsa de Hong Kong, as acções da Sociedade de Jogos de Macau (SJM Holdings), de Stanley Ho, já perderam quase um quarto do valor fechando terça-feira em 2,35 dólares de Hong Kong.
Desde 16 de Julho, as acções da Sociedade de Jogos de Macau, que colocou no mercado 25 por cento do capital aumentado da empresa, perderam 23,7 por cento do valor.
Na negociação, as acções tiveram o seu valor mais alto em 3,21 dólares de Hong Kong e o mais baixo, na sessão de terça, com 2,34 dólares.
A Sociedade de Jogos de Macau, que explora jogos em casino no território desde a década de 1960, viveu dois anos de tentativas frustradas de entrar na bolsa, devido à guerra judicial que opôs os irmãos Winnie e Stanley Ho.
A batalha judicial teve como desfecho a redução dos dividendos obtidos pela empresa no seu processo de entrada no mercado de capitais que passaram de 15 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2006 para 3.850 milhões de dólares de Hong Kong no mês passado.


CAIXA
Impostos sobre o Jogo já renderam mais de 24 mil milhões

Os impostos directos de 35 por cento sobre o sector do Jogo em Macau já renderam mais de 24 mil milhões de patacas aos cofres locais até Julho e estão executados em 82,4 por cento, revelam dados oficiais.
De acordo com os dados disponíveis na página oficial dos Serviços de Finanças, entre Janeiro e Julho deste ano foram cobrados 24.244,3 milhões de patacas de um total de 29.340,7 milhões de patacas previstos para os 12 meses do ano.
Os mesmos dados indicam que os impostos do sector do Jogo estão a registar um crescimento de 51,4 por cento face ao mesmo período de 2007 e já representam 82,4 por cento das previsões para 2008.

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