AEROPORTO INTERNACIONAL DE MACAU
Gestoras ANA e CNAC
estudam venda de participações à CAM
Gestoras ANA e CNAC
estudam venda de participações à CAM
A proprietária do aeroporto de Macau poderá entrar na empresa gestora, já que as duas accionistas, a portuguesa ANA e a chinesa CNAC, estão a equacionar vender-lhe parte das suas posições, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
A ANA - Aeroportos de Portugal, que detém 49 por cento da empresa gestora do aeroporto de Macau - ADA -, e a outra accionista, CNAC (China National Civil Aviation), que detém 49 por cento estão a negociar as respectivas posições com a proprietária do aeroporto, a CAM, segundo a mesma fonte.
A CAM (Companhia do Aeroporto de Macau), detida em 55 por cento pelo executivo macaense, é proprietária da infra-estrutura, mas a gestão está concessionada à ADA.
No âmbito das negociações, a CAM deverá assumir uma posição ligeiramente superior aos dois restantes accionistas, mas segundo a fonte "todo o processo está essencialmente dependente do entendimento entre as entidades chinesas".
Com um contrato de concessão da gestão do aeroporto a terminar em Setembro de 2009, a redistribuição do capital social da ADA é vista como uma negociação "relacionada principalmente com o futuro da empresa em Macau mas também com a eventual expansão para o continente chinês para prestação de serviços de assessoria técnica, auditoria, certificação e treino", explicou a fonte.
A hipótese em estudo é que recebe maior acordo das partes embora não exista ainda qualquer acordo encerrado, referiu.
"A Companhia do Aeroporto de Macau pode criar uma estrutura interna de gestão do aeroporto que poderia colocar em causa a continuidade da ADA na gestão da infra-estrutura", recordou ao salientar que ao juntar as três companhias "criar-se-á uma conjuntura útil de coexistência para todas as empresas envolvidas".
"Pode-se, assim, potenciar o papel de Macau como plataforma de cooperação na formação de quadros altamente especializados na gestão aeroportuária assim como de controladores de tráfego aéreo do continente chinês com técnicos das empresas portuguesas do sector, designadamente a ANA e a NAV", afirmou.
A fonte disse também que a decisão anunciada na passada quinta-feira em Lisboa da localização do novo Aeroporto de Lisboa em Alcochete "vai desencadear o tão esperado processo de privatização da ANA, sendo útil, mesmo nessas condições, deter uma participação e um pólo de know-how na China, muito particularmente em Macau".
Ao mesmo tempo, "é também útil para a Região Especial Administrativa de Macau a presença desse pólo, quer pela qualidade dos serviços prestados, quer pela manutenção e estreitamento de laços culturais e comerciais de longa data com um país europeu", acrescentou ainda.