CONTINUAM INTERNADAS 22 PESSOAS ENVOLVIDAS EM ACIDENTE ENTRE "JETFOILS"
Acidentados em situação estável
Acidentados em situação estável
Segundo o Gabinete de Comunicação Social, ontem, todos os feridos relacionados com o acidente entre dois jactoplanadores (jetfoils) na passada sexta-feira assistidos no Centro Hospitalar Conde de São Januário continuavam internados, enquanto os feridos do Kiang Wu se encontravam em situação estável, e um residente de Hong Kong envolvido já tinha tido alta.
Assim, um grupo de 22 pessoas continua internado nos dois hospitais de Macau em consequência dos ferimentos que sofreram devido ao choque entre dois jactoplanadores.
De acordo com uma nota do Gabinete de Comunicação Social, no sábado, estavam internados no São Januário seis pessoas - quatro homens e duas mulheres -, cinco dos quais foram alvo de intervenções cirúrgicas, e encontram-se todos "estáveis".
No hospital Kiang Wu estavam 17 pessoas - 11 homens e seis mulheres -, a maioria dos quais sofreu fracturas e lesões cutâneas, mas encontram-se estáveis.
Um dos acidentados internados no Kiang Wu, acrescentava ainda o comunicado, ficou com ferimentos na vértebra cervical e o seu estado é de "relativa gravidade".
Das 23 pessoas internadas no sábado, apenas quatro eram residentes de Macau sendo a maioria oriundos do continente chinês, Hong Kong e Taiwan.
Fontes hospitalares disseram desconhecer qualquer registo de feridos de nacionalidade portuguesa.
Acidente obriga a reforço no São Januário
O choque entre as duas embarcações - Funchal e Santa Maria - deu-se sexta-feira cerca das 20:30 a cinco milhas náuticas de Macau e já em águas territoriais da cidade continental chinesa de Zhuhai quando os navios se deslocavam a uma velocidade de 40 nós (75 quilómetros por hora), estando agora a serem investigadas as causas que levaram ao acidente num dia em que Macau esteve sob intenso nevoeiro e com a visibilidade bastante reduzida.
Em declarações ainda na sexta-feira, Susana Won, responsável pela Capitania dos Portos, revelou que do acidente resultaram 133 feridos, dos quais 19 em estado muito grave, 24 feridos graves e 90 ligeiros.
Após o acidente, dezenas de embarcações deslocaram-se para o local do embate mas os feridos acabariam por ser transportados para terra nos próprios navios acidentados.
Na operação de resgate dos feridos dos navios estiveram envolvidos 110 bombeiros apoiados com 20 viaturas, das quais 15 ambulâncias.
A chegada de uma grande quantidade de feridos aos hospitais de Macau obrigou ao reforço das equipas de urgência tendo, só no Centro Hospitalar Conde São Januário, sido chamados 50 médicos enfermeiras e auxiliares que se juntaram aos 23 médicos e enfermeiras que estavam de serviço.
Em declarações à Agência Lusa na sexta-feira, fonte da Secretaria de Estado das Comunidades disse que o consulado de Portugal foi accionado e que "ao que se apurou, há apenas quatro ocidentais envolvidos e, aparentemente, nenhum é português".
Shun Tak vai investigar
Em declarações aos jornalistas, Pansy Ho, directora da Shung Tak, empresa proprietária das duas embarcações, atribuiu como causa principal do acidente o estado do tempo.
"Em Macau está um nevoeiro intenso e a visibilidade é muito reduzida", referiu a empresária na sexta-feira.
Pansy Ho disse ainda que iriam ser investigadas as causas do acidente com as autoridades macaenses, adiantando que ainda era cedo para se tirarem conclusões.
Acrescentou que iriam falar com as tripulações, mas sublinhou que a primeira preocupação era ir aos hospitais contactar os feridos para accionar os seguros.
Entre o meio-dia e as 18:00 de sexta-feira houve condicionamentos no acesso a Macau a apenas uma embarcação a assegurar o transporte no canal de Macau.