23.1.08

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PORTUGUESES DEPENDENTE DA NAM KWONG
À espera do parceiro chinês

O arranque do Centro de Distribuição de Produtos Portugueses na China está dependente de um plano de negócios a apresentar pela empresa chinesa Nam Kwong, disse ontem à Lusa o representante da AICEP em Macau.
"Numa reunião realizada em Outubro, a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal identificou um conjunto de sectores onde o país é competitivo face à China e esperamos agora que a empresa Nam Kwong elabore o plano de negócios para que este seja apresentado a eventuais parceiros portugueses", explicou Miguel Crespo.
Segundo Miguel Crespo, o projecto é privado e o papel da agência portuguesa é "essencialmente o de facilitador da ligação entre interesses empresariais".
Miguel Crespo referiu que à Nam Kwong foram indicados sectores como os vinhos, materiais de construção, moldes, máquinas e equipamentos, tecnologias da informação e comunicação, têxtil/lar e têxtil/vestuário, áreas onde Portugal "é competitivo e tem empresas que podem estar interessadas em entrar no mercado chinês ou no reforço da sua presença".
"Estamos numa fase de esperar pelos resultados do estudo da Nam Kwong, que irá apresentar um plano que será depois submetido à apreciação do sector empresarial português ao mesmo tempo que se mantém o apoio às empresas nacionais para que aumentem as suas exportações directas para a China", afirmou.
Miguel Crespo sublinhou também que o centro será "mais um catalizador de oportunidades de negócio".
Entre Janeiro e Agosto de 2007, a China trocou produtos com Portugal no valor de 1,47 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros), mais 35,2 por cento do que no período homólogo de 2006.
Numa entrevista à agência Lusa em Outubro, Basílio Horta, presidente da AICEP, disse esperar que o Centro de Distribuição de Produtos Portugueses, pensado para ser instalado no Parque Industrial Transfronteiriço entre Macau e a cidade continental de Zhuhai, estivesse a funcionar no primeiro trimestre de 2008, depois de terem sido identificados os sectores prioritários para a economia portuguesa.
Miguel Crespo reafirmou também que o objectivo do centro não é fornecer o mercado de Macau onde operam empresas estabelecidas há muitos anos, mas referiu que a actual Região Administrativa Especial chinesa "é um montra" para muitos produtos e empresas portuguesas.
A última iniciativa relacionada com a criação do Centro conhecida foi a assinatura, a 3 de Fevereiro do ano passado, da escritura de constituição do Centro, num acto realizado em Macau. Para trás ficaram a assinatura do acordo para a constituição do Centro, em Setembro de 2006 (à margem do 2º Fórum para a Cooperação) e o próprio contrato de constituição e estatutos da sociedade durante a visita de Sócrates a Macau.

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