ESTUDO SOBRE QUALIDADE DE VIDA ENCOMENDADO PELO EXECUTIVO
População ganha mais e trabalha menos
População ganha mais e trabalha menos
Os residentes de Macau estão felizes com o seu nível de vida, mas pouco satisfeitos com o aumento do preço das habitações em Macau e com as repercussões da indústria do jogo. As conclusões vêm do Estudo sobre a Qualidade de Vida dos Residentes de Macau e a Investigação sobre a Política de População de 2007, que foi concluída por uma equipa de especialistas de Macau e Hong Kong, e divulgada ontem. Os inquiridos não só consideram que as suas condições de vida estão melhores do que há três anos, como acham que ainda melhores irão ficar no futuro. Ganham mais, trabalham menos horas e até acham que o ambiente de trabalho melhorou. E embora se queixem do custo excessivo da habitação em Macau, a verdade é que mais de 75 por cento dos inquiridos admitiu ter casa própria. Mas o desenvolvimento económico não traz só boas notícias. A disparidade entre ricos e pobres, a poluição e o fraco planeamento urbano preocupam cada vez mais os residentes.
Por seu lado, a Investigação da Política de População da RAEM em 2007 revelou que a população de Macau tem aumentado mas também tem envelhecido, situação que não parece ter uma reviravolta à vista já que a natalidade diminuiu.
A população empregada tem um fraco grau de escolaridade e existe falta de mão de obra. Para tal, a população sugere ao Governo que aposte na educação e nos talentos locais, atraindo de volta quem emigrou de Macau. Por outro lado, considera-se que deve haver um esforço na contratação de mulheres e que a importação de mão de obra especializada deve ser autorizada.
Os resultados destes estudos foram submetidos à consideração do Chefe do Executivo como recomendações de estratégias a adoptar na governação de Macau.
