Associações dos Operários admitem rumores mas não têm conhecimento de casos
Suspeitas de contratação
de "croupiers" em "part-time"
Suspeitas de contratação
de "croupiers" em "part-time"
A Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOP) não recebeu nenhuma queixa sobre a contratação de "croupiers" a tempo parcial. Porém, a presidente do organismo, Ho Sut Heng, indica que há rumores que apontam para a ocorrência de casos do género nos casinos de Macau e pede às operadoras de jogo para não se aproveitarem das brechas legais, noticiou o Si Man.
Segundo o diário de Macau, as suspeitas sobre as alegadas ilegalidades na contratação de "croupiers" foram já espoletadas com as restrições impostas pelo Governo que proíbe a importação de mão-de-obra do exterior para o posto de trabalho. Aos rumores que falam na existência de "croupiers" não locais, observa o jornal, acrescenta-se agora os contratos a tempo parcial para o cargo: suspeita-se que os trabalhadores recebam 60 patacas por hora e que estejam distribuídos por três turnos. A remuneração mensal deverá rondar 10 mil patacas.
Ho Sut Heng refere que está ao corrente das suspeitas mas destaca que não tem conhecimento de nenhum caso concreto. A presidente da FAOP recorda que a contratação em tempo parcial era seguida por muitos empregadores no passado que procuravam diminuir as responsabilidades e os encargos sociais a assumir na relação laboral. Pede às empresas de casinos que não recorram ao vazio legal e observa que a contratação de "croupiers" em regime de "part-time" pode ser uma segunda opção das operadoras para contornar as restrições à importação de mão de obra para o posto.
Ho sublinha que há ainda alguma procura de "croupiers" em Macau mas avança que a mão de obra actual é já satisfatória. Entende que não há já necessidade de importar trabalhadores do exterior para o posto, e é difícil, avança, de aceitar a ocorrência e eventual procura de "croupiers" em "part-time".
A representante da FAOP reitera que as operadoras de jogo devem assumir as responsabilidades sociais quando contratam um trabalhador e acrescenta que o trabalho precário não só afecta o emprego dos actuais trabalhadores como constitui um factor instável para as pessoas que tentam obter uma vaga no mercado laboral.