18.3.08

DSEC revela dados sobre necessidades de mão-de-obra em Macau
Seis mil postos de trabalho vagos

Um dia depois de 300 manifestantes terem saído à rua a reclamarem por mais oportunidades de emprego e restrições à importação de trabalhadores, a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) divulgou os resultados do “inquérito às necessidades de mão-de-obra e remunerações referentes ao 4º trimestre de 2007”. Estão por preencher 5,927 postos de trabalho nos sectores do comércio, segurança, transportes, armazenagem e comunicações. Vagas que poderiam servir quase metade da população desempregada de Macau, que em Janeiro deste ano se fixou em 9,500 cidadãos (ou seja, 2,9 por cento do sector activo).
Os critérios para o recrutamento de trabalhadores podem justificar a falta de mão-de-obra. Dos postos para o comércio por grosso e a retalho (4,078 vagas), mais de metade exigia experiência profissional – requisito que também é pedido no sector de transportes, armazenagem e comunicações e que pauta 36 por cento da oferta (1,142 postos).
O sector comercial é também o mais existe em termos de formação académica: 61 por cento das vagas pediam um nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário complementar; também 48,5 por cento das vagas exigiam conhecimentos de mandarim, além do cantonense. Já no mercado de transportes, armazenagem e comunicações, o nível de escolaridade exigida (também fixada no ensino secundário) é critério de recrutamento em 27,4 por cento dos casos. Porém, a área da segurança, que têm ainda por preencher 707 vagas de emprego, pede apenas que os trabalhadores tenham completado o ensino primário.

Salários subiram em média 9 por cento

Segundo o relatório da DSEC, no último trimestre de 2007, o comércio por grosso e a retalho empregou 24,079 mil trabalhadores, número que representa uma subida de 13,2 por cento, contra os postos de trabalho ocupados em 2006. A remuneração média, no sector, fixou-se em pouco mais de 8 mil patacas, sem contar com prémios e participações nos lucros da empresa, e houve uma subida de 10,5 por cento nos salários, comparando com o ano anterior. Os rendimentos dos representantes comerciais são superiores (9,852 patacas, valor médio) e os dos vendedores ficaram-se pelas 6,956 patacas.
Também o número de empregados no sector de transportes, armazenamento e comunicações subiu nos últimos três meses de 2007: o sector empregava, até Dezembro, 7,346 trabalhadores, mais 3,7 por cento do que em 2006. A remuneração também subiu em 8,3 por cento, sendo que o salário médio, para os operários a tempo inteiro, rondou 14 mil patacas.
Já a área da segurança dava emprego a 3704 pessoas, no mesmo período de tempo – tendência que também registou uma subida de 5,6 por cento. Porém, é o sector que, em Dezembro, oferecia o salário mais baixo: 6,362 patacas, em média. Ainda assim, o valor subiu 12,4 por cento, comparando com os rendimentos de há dois anos.
As actividades de tratamento de resíduos sólidos e líquidos públicos também aumentaram o número de trabalhadores contratados, mais 8,4 por cento do que em 2006 (620 empregados). Os salários também registaram um aumento de 4,7 por cento, fixando-se, em média, em 10,975 patacas.

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