"Projecto de ordenamento e optimização dos serviços de transportes públicos"
Concessionárias não gostaram
do que ouviram
Concessionárias não gostaram
do que ouviram
As duas concessionárias de transportes públicos, a Transmac e a Transportes Colectivos de Macau (TCM), não estão satisfeitas com o "Projecto de ordenamento e optimização dos serviços de transportes públicos de 2008", plano que foi ontem oficialmente apresentado a ambas as empresas, cujos contratos terminam no final deste ano. Depois, segue-se um período, que o Governo designa de transição, em que as duas concessionárias vão cumprir um contrato provisório de dois anos. Em 2010, haverá um concurso público aberto a várias empresas, no qual as actuais transportadoras podem participar, e as futuras concessionárias vão ser fiscalizadas por uma comissão de avaliação que poderá pôr termo ao contrato.
Ontem, foi o empresário Liu Hei Wen, da Transmac, quem se mostrou mais crítico ao plano do Executivo. Em declarações reproduzidas no Canal Macau, Liu considerou que o plano proposto é impraticável e que não vai ao encontro das necessidades.
No entender do responsável, o problema com que as transportadoras se debatem tem que ver com a falta de condutores, e este plano, continua, não adiante nenhuma solução para o problema. "O serviço de autocarros conta com poucos motoristas, não consegue dar respostas às necessidades da população. Peço-lhes imensa desculpa", disse, dirigindo-se ao Grupo Coordenador a quem coube fazer a apresentação, "mas será que este plano vai resolver o problema?"
Liu disse ainda que o Executivo agiu de forma contraditória. "O Governo disse que o serviço actualmente prestado não é bom, e que por isso cancelou os contratos. Mas agora é generoso na oferta de um contrato temporário", observou.
Já do lado da TCM, Mayun Leung destacou os problemas que os condutores podem vir a enfrentar. "Isto preocupa muito os condutores, que pensam: 'onde estarei no final do contrato? Ficarei nesta companhia ou não?'"
Do lado do Grupo Coordenador, Wong Wen, afirmou que o contrato temporário de dois anos proposto foi pensado com o objectivo de vir a "melhorar a imagem das companhias durante o período de transição", e disse ainda que o cancelamento dos contratos "não é uma punição".