13.4.08

Cerca de 200 residentes de Macau afectados pela falência da companhia aérea
CC tenta ajudar
passageiros da Oasis


O Conselho de Consumidores (CC) está a tentar desbloquear a situação de vários consumidores que nos últimos dois dias foram lesados pelo anúncio, na quarta-feira, de falência por parte da companhia aérea Oasis, de Hong Kong.
Segundo um comunicado do CC, chama-se a atenção dos consumidores "para o risco que podem correr na compra de passagens aéreas de baixo custo, pois pode eventualmente acontecer que essas companhias vão à falência, cancelamento de viagens sem aviso prévio ou aviso feito à última hora, não aceitação de devolução do dinheiro nem alterações de prazo".
Segundo o jornal Ou Mun de ontem, foram cerca de 200 os passageiros de Macau que foram afectados pela suspensão das operações da Oasis. O jornal citou Wu Keng Kuong, presidente da Associação de Indústria Turística de Macau, que estimou o número de residentes de Macau afectados. Segundo o responsável, a maioria prendia-se com voos pré-reservados on-line, para o mês de Maio e para o Verão.
A companhia aérea de baixo custo Oasis tinha começado as operações em Outubro de 2006 e fazia voos de longo curso para Londres e Vancouver.
Quarta-feira, numa curta conferência de imprensa na antiga colónia britânica, o administrador executivo da Oasis, Stephen Miller, escusou-se a detalhar as razões para a suspensão dos voos mas disse que foi solicitado voluntariamente nos Tribunais de Hong Kong a nomeação de um liquidatário.
O grupo de serviços financeiros KPMG foi, entretanto, nomeado liquidatário com Miller a afirmar que vê agora o grupo como parceiro e a mostrar-se ainda confiante de que investidores possam salvar a empresa.
Analistas locais consideram a suspensão dos voos uma consequência do aumento do custo dos combustíveis que, em termos mundiais, já obrigou à suspensão de operações de outras empresas ou causam fortes prejuízos nas contas anuais.
O Hong Kong Economic Times estima que as perdas da Oasis sejam actualmente de mil milhões de dólares de Hong Kong.
Com as operações suspensas, um número indeterminado de passageiros será prejudicado já que a Oasis tem bilhetes vendidos até Julho.
A Oasis estava a negociar, há várias semanas, com potenciais investidores na empresa e apenas suspendeu a venda de bilhetes depois das conversações, que eram do conhecimento do Governo de Hong Kong, terem falhado.
Com menos de 700 empregados, a Oasis foi criada pelo casal Raymond e Priscilla Lee.

CAIXA
Baixo custo, elevados riscos

De acordo com o Conselho de Consumidores (CC), as queixas sobre passagens aéreas de baixo custo aumentaram nos últimos dois anos. Em comunicado, o órgão afirma que foram recebidas "mais de trinta reclamações."
Os motivos de queixa prendem-se sobretudo com cancelamentos repentinos de voos, serviço de baixa qualidade e cláusulas de isenção de responsabilidade impressas nos versos dos bilhetes. Em suma, resume o CC, "atitudes que faziam o consumidor ficar prejudicado nos seus direitos."
O CC também nota que "algumas destas companhias publicitam preços muito baixos, mas, na realidade, fazendo bem as contas, adicionando-lhe mais o custo da passagem de regresso, o transporte de bagagens e etc., a vantagem, comparativamente a uma viagem normal não é grande." Além do mais, continua o CC, "o consumidor corre riscos, mais os aborrecimentos que daí advêm."
Como recomendação, o CC aconselha "a que os consumidores adquiram um seguro de viagem."

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