14.4.08

Contribuem para as reformas e modernização da China, diz presidente
Hu elogia comunidades
de Macau e Hong Kong


As comunidades de Macau e Hong Kong contribuem para as reformas e modernização do continente chinês, afirmou sábado em Boao o presidente chinês Hu Jintao.
Numa cerimónia paralela ao Fórum Boao para a Ásia, que decorreu entre sexta-feira e ontem, em Boao, na ilha da Hainão, Hu Jintao recebeu as delegações de Hong Kong e Macau à qual assistiram os respectivos líderes dos governos locais, Donald Tsang e Edmund Ho.
Na ocasião, segundo uma nota distribuída pelo gabinete de comunicação social do governo de Macau, o presidente chinês "agradeceu" a presença das personalidades de Hong Kong e Macau no Fórum Boao da Ásia, afirmando que elas "constituem um importante contributo para a prosperidade e estabilidade das duas regiões administrativas especiais que representam, bem como a abertura, reformas e modernização da pátria".
Edmund Ho, que regressa hoje a Macau, liderou desde sábado a comitiva de Macau presente no Fórum Boao Ásia 2008, uma reunião que conta, a título particular, com a presença do vice-presidente eleito de Taiwan. Antes de sair de Macau, Edmund Ho disse esperar que no futuro exista um maior desenvolvimento das relações entre o continente chinês e Taiwan.
"Enquanto cidadão chinês é obvio que espero um desenvolvimento mais próximo entre as partes" afirmou ao salientar que Macau "irá certamente seguir a política do Governo Central nesta matéria".
A vitória de Março do Kuomintang nas eleições presidenciais de Taiwan veio abrir uma janela de um maior entendimento e cooperação entre o continente chinês e a ilha Formosa, uma relação que nos últimos oito anos, com Chen Shui-bian no poder em Taipé, tem sido marcada por um clima de tensão.
Depois de em Janeiro ter conquistado 81 dos 113 deputados do parlamento, o Kuomintang regressou ao poder presidencial e ao controlo da ilha com promessas de retoma económica através da maior cooperação com o continente chinês.

Ambiente e "subprime"

A reunião anual do Fórum Boao para a Ásia teve como tema principal o debate em torno da “Green Asia: Moving Towards Win-Win Through Changes”. Além do presidente chinês, outros líderes presentes foram o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, ou o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf. Ao todo, foram onze os líderes países e governos que marcaram presença no encontro, além de diversos especialistas.
Na agenda "ecológica" do Fórum estiveram aspectos “verdes” das sociedades, com temas que vão da “Energia Verde: Cooperação entre governo e empresas” à “Responsabilidade social das empresas até um investimento responsável”.
Durante o evento, realizou-se uma assembleia-geral em torno das alterações climáticas. O debate contoiu com a participação de Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, organismo que no ano passado foi galardoado com o prémio Nobel da Paz, que falou sobre medidas para reduzir o impacto das alterações climáticas e nas formas de protecção do ambiente.
Os convidados aproveitaram ainda a ocasião para abordar a instabilidade financeira internacional provocada pela crise do crédito de alto risco – subprime – nos Estados Unidos da América, e debateram sobre os próximos dez anos da Ásia, efectuando uma análise profunda sobre o sector imobiliário no continente asiático.

CAIXA
China e Taiwan retomam contactos
ao mais alto nível


A China e Taiwan retomaram sábado os contactos ao mais alto nível, com um encontro considerado histórico entre o Presidente chinês Hu Jintao e o vice-presidente eleito de Taiwan, Vincent Siew.
O Presidente chinês e secretário-geral do Partido Comunista, Hu Jintao, encontrou-se com uma delegação de Taiwan, que incluía Vincent Siew, por ocasião do Fórum de Boao para a Ásia.
“Sou um veterano nas questões económicas de Taiwan. Espero que possamos reforçar a nossa cooperação económica”, comentou Siew.
Taiwan espera um desbloqueio das suas relações com Pequim durante este encontro, considerado como o contacto ao mais alto nível entre a China e Taiwan desde a ruptura originada pela guerra civil em 1949.
O novo Presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, foi eleito no final de Março e assumirá funções a 20 de Maio. Recentemente reafirmou a sua vontade em assinar um “tratado de paz” com a China para pôr fim ao conflito armado que nunca terminou, oficialmente, e que dura há 60 anos.
Pequim vê Taiwan como parte do seu território e ameaçou intervir militarmente se Taiwan oficializar a sua independência.

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