16.4.08

Importação ilegal de mão-de-obra é a principal causa apontada
Construção emprega cada vez menos
trabalhadores locais


A construção de novos hotéis e casinos está a deixar os trabalhadores locais no desemprego. A constatação é da Associação Geral dos Operários de Construção Civil de Macau que, desde Novembro de 2007, estima que o número de trabalhadores locais no desemprego ronda os 2 mil.
O presidente da instituição, Cheong Man Fun, explicou ao jornal Ou Mun que o problema reside na importação de trabalhadores ilegais. Por isso, uma delegação de vinte representantes da associação dirigiu-se na segunda-feira à sede do Governo para apresentar uma petição que reflecte os problemas do sector e clama por iniciativas, na esperança de que o Executivo tome medidas para garantir empregos aos trabalhadores locais.
A associação organizou uma conferência de imprensa onde tanto o presidente como os vice-presidentes, Lei Kuok Heng e Vong Heng Cheong, apresentaram a petição aos media e explicaram que já tiveram várias reuniões com diversos departamentos governamentais. Cheong Man Fun disse que, desde Outubro, o sector da construção civil abrandou e os salários dos operários diminuíram por haver demasiada oferta de trabalho. Por outro lado, as vagas foram largamente reduzidas, mas o número de trabalhadores imigrantes no sector mantiveram-se nos 25 mil.
A associação quer que o Governo reduza em 40 por cento o número de trabalhadores imigrantes de forma a dar espaço aos locais. Cheong Man Fun também adiantou que o Executivo devia tomar medidas para que as empresas cumpram os requisitos de contratação de trabalhadores imigrantes, dando prioridade aos operários locais.
Em relação aos trabalhadores ilegais, o presidente referiu que existiam operários nestas condições em cerca de 80 por cento das construções por não existir fiscalização suficiente. Cheong Man Fun referiu mesmo que duas ou três construções públicas tinham trabalhadores ilegais. Nesse sentido, a associação sugeriu que o Governo fizesse uma reunião inter-departamental de modo a accionar mecanismos coerentes de combate ao trabalho ilegal.
A Associação Geral dos Operários de Construção Civil de Macau também teve uma reunião com Lau Si Io, o secretário dos Transportes e Obras Públicas há alguns dias, onde os associativistas sugeriram ao governo que apressasse a análise e aprovação das construções privadas de modo a que estas começassem brevemente. Quanto aos projectos relativos à habitação pública, a prioridade dada a trabalhadores locais devia ser um dos critérios principais, o que poderia pôr fim ao desemprego no sector.

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