Autoridades pedem à assistência internacional prioridade ao envio de tendas
Mais de 51 mil mortos
Mais de 51 mil mortos
O sismo que abalou no passado dia 12 a província de Sichuan, no sudoeste da China, causou mais de 51.000 mortos, segundo um novo balanço anunciado ontem pelo governo chinês.
De acordo com o porta-voz do Conselho e Estado, Guo Weimin, o violento abalo causou 51.151 vítimas mortais, 288.431 feridos e 29.328 desaparecidos.
O número de mortes confirmadas representa um aumento de quase 10 mil vítimas mortais relativamente aos números divulgados quarta-feira, afirmou Guo Weimin, durante uma conferência de imprensa em Pequim.
Perante o cenário de destruição causado pelo sismo, de magnitude 8 na escala de Richter, com milhares de habitações destruídas, as autoridades lançaram um apelo internacional de ajuda porque precisam de pelo menos três milhões de tendas para os desalojados.
"Precisamos de mais de 3,3 milhões de tendas", disse aos jornalistas Qin Gang, porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que já foram entregues 400 mil tendas.
O sismo destruiu mais de 80 por cento dos edifícios de algumas cidades e aldeias perto de Wenchuan, a zona do epicentro, na província de Sichuan, a mais atingida pelo terramoto no sudoeste do país.
Nas maiores cidades da região, blocos inteiros de apartamentos ruíram tornando-se lugares de risco para viver devido aos estragos e à possibilidade de ocorrência de réplicas.
"Agradecemos a assistência internacional nesta matéria e esperamos que a comunidade internacional possa dar prioridade ao envio de tendas", acrescentou Qin.
Segundo dados oficiais, há cerca de cinco milhões sobreviventes que ficaram sem casa.
De acordo com o Gabinete Sismológico da China, depois do violento sismo do dia 12 foram registadas 167 réplicas com a magnitude 4 da escala de Richter.
As autoridades chinesas estimaram ainda ontem que os comerciantes da zona afectada pelo sismo sofreram perdas de mais 25 mil milhões de yuan.
CAIXA
Assistência médica de Macau parte hoje para Sichuan
Assistência médica de Macau parte hoje para Sichuan
A equipa de assistência médica da RAEM, composta por médicos e enfermeiros dos Serviços de Saúde e do Hospital Kiang Wu, num total de mais de 20 profissionais médicos voluntários, parte hoje do Aeroporto Internacional de Macau para a cidade Chengdu, num avião fretado.
De acordo com um comunicado dos Serviços de Saúde divulgado ontem, este departamento tem recebido muitas consultas por parte dos profissionais de saúde, que transmitiram a aspiração de fazer parte da equipa que partirá para o local da catástrofe.
Todavia, visto que não são todas as especialidades médicas as adequadas às operações de resgate e atendendo à necessidade de manter-se a funcionalidade do serviço de cuidados de saúde prestado em Macau, os Serviços de Saúde optaram por enviar para a província de Sichuan alguns trabalhadores da especialidade de urgência, com materiais médicos, em conformidade com as necessidades concretas do desastre e em cumprimento das orientações emitidas centralizadamente pelo Ministério da Saúde da China.
A equipa de assistência médica da RAEM é composta por 10 médicos e 10 enfermeiros oriundos do Centro Hospital Conde de São Januário e do Hospital Kiang Wu. Destes, 4 são médicos da área de medicina de emergência, 3 da área de ortopedia, 2 da área de cirurgia e 1 da área de nefrologia.
A equipa será chefiada pelo responsável do Serviço de Urgência e da Unidade de Cuidados Intensivos do CHCSJ, Dr. Lei Wai Seng, tendo como sub-chefe o Dr. Li Wei Ping, ortopedista do Hospital Kiang Wu. Os outros elementos são o Dr. Peng Heong Keong, Dr. Choi Nim, Dra. Lei Choi Chu, Dr. Man Hon Ming, Dr. Liu Tong Ming, Dr. Xiao Hong, Dr. Lin Wu Teng, Dr. Li Wen Jin, bem como os enfermeiros Lai Yau Shing, Lam Peng Lon, Juliana Che, Leong Hoi Kin, Cheang Chok Peng, Lu Min Ying, Wu Na Li, Huang Min, Zhu Li Jun e Huang Jia Ju.