12.5.08

Final da Taça de Macau em futebol é já domingo
Monte Carlo quer ganhar tudo,
Hoi Fan fecha época positiva


O jogo está marcado para as 15 horas no Estádio da Taipa. Monte Carlo e Hoi Fan discutem o segundo mais importante título da modalidade no território. Claro favoritismo para o clube campeão. Mas numa final tudo pode acontecer, até porque o desafio só terá 60 minutos e depois, em caso de empate, a lotaria dos penaltis

Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net

Em Macau a final da Taça não tem o ambiente de festa de outros locais, mas mesmo assim constitui sempre motivo de grande expectativa.
Desta feita, Monte Carlo quer novo título, para ganhar tudo. O Hoi Fan pretende fechar com “chave de ouro” uma excelente temporada, muito além do que se esperava.
Assim, estão reunidas as condições para um desafio interessante, não obstante o Monte Carlo partir com claro favoritismo, graças a uma temporada de grande nível em que se tornou campeão.
Uma segunda volta no campeonato sem qualquer derrota e somente um empate, precisamente na derradeira ronda, face ao rival Lam Pak, fazem dos “azuis e amarelos” os mais do que prováveis vencedores da Taça.
Mas falta disputar o jogo e nestas andanças do futebol nem sempre ps mais favoritos conseguem chegar à vitória. E é essa dúvida que fará do jogo um confronto de emoção, aguardando-se que, pelo menos, as bancadas do Estádio da Taipa registem números semelhantes aos do encontro do título, entre Monte Carlo e Lam Pak.
E se o Hoi Fan conseguir colocar em campo todas as suas qualidades, tirando partido naturalmente da técnica e experiência dos seus reforços da República Popular da China e da garra dos portugueses, então poderemos assistir a uma boa final.
Francisco Rosário é o capitão do Hoi Fan e regressa ao onze inicial. Não actuou na partida diante do Vong Chiu, cumprindo um jogo de castigo.
“Estamos com boa moral. Tudo pode acontecer numa final e em 60 minutos ainda melhor para nós, pois sabemos que o Monte Carlo é melhor fisicamente.”
O jogador que fez a primeira temporada pelo Hoi Fan, após dois anos no Vá Luen, referiu ao PONTO FINAL que não houve situação diferente para a equipa, no que diz respeito aos treinos:
“Continuamos sem treinar e só nos encontramos todos juntos em campo. Eu pessoalmente treino com a selecção. Mas julgo que temos condições para dar réplica ao Monte Carlo, jogando preferencialmente em contra-ataque. Tentar não sofrer golos e marcar em contra-ataque é o nosso objectivo para esta final. Penso que quem marcar primeiro tem fortes hipóteses de ganhar.”
O Hoi Fan deverá contar com os quatro melhores reforços da China, um central, dois médios e um ponta-de-lança. E poderá desta feita ter pelo menos dois suplentes no banco.
O técnico do Monte Carlo, Tam Iao San, reconhece que a equipa não está tão forte como no campeonato: “De facto a ausência de Samiro Soares pode crier-nos problemas, mas temos vindo a trabalhar o colectivo e eu tenho plena confiança nos meus jogadores."
Entretanto, durante a semana, a Associação de Futebol de Macau fez disputar os dois desafios que se encontravam em atraso e que acabaram por definir todas as posições da cauda da tabela.
O Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública salvou-se da descida, depois de derrotar o último da classificação e há muito despromovido, Heng Tai, por duas bolas a zero.
Os policiais actuaram primeiro que o outro intranquilo, Sub 21, e por isso tiveram de esperar pelo desfecho do jogo entre os jovens patrocinados pela Associação e o segundo posicionado do campeonato, Lam Pak.
A formação de Chan Man Kin venceu por 2-1 e atirou os Sub 21 para a II Divisão da próxima temporada.
Recorde-se que os Sub 21 só este ano estiveram à mercê do regulamento normal, depois de, em 2007, terem podido jogar sem a pressão da descida, por decisão dos dirigentes associativos, que entenderam que a equipa precisava de rodagem na primeira época de experiência no escalão principal do futebol do território.
Na verdade, “aguardava-se” por uma ”oferta” do Lam Pak, que já nada tinha a conquistar, quedando-se na segunda posição da competição, alguns dias depois de ter empatado diante do líder Monte Carlo e assim perdido todas as possibilidades de renovar o título conquistador em 2007.
O jogo foi “normal”, com o Lam Pak a discutir o resultado até ao derradeiro minuto, apesar de muitos protestos ao longo do encontro, em especial no período em que os Sub 21 se encontravam em vantagem.
Os dirigentes do Lam Pak protestaram algumas decisões do árbitro do desafio, principalmente o lance do golo do adversário (apontado por Lei Chi Seng aos 32 minutos), aparentemente em posição irregular.
Minutos depois, uma mão na grande-área de um defesa dos Sub 21, foi entendida como casual pelo juiz do jogo.
Tudo acalmou a partir do momento em que o Lam Pak empatou, já na segunda metade (57 minutos), através do seu maior goleador, Un Chon Fai.
A quinze do fim, o Lam Pak marcou o segundo, por Chiang Tak Kin.
O resultado acabava com as esperanças dos Sub 21 de ainda permanecer no escalão principal. Quem respirou de alívio, mesmo ao cair do pano, foi o Grupo Desportivo da Polícia de Segurança Pública, que andou com a “corda na garganta” até à derradeira jornada do campeonato.

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