Última obra de Sales Lopes, "Terra de Lebab", apresentada amanhã no Consulado de Portugal
O mundo todo em Macau
O mundo todo em Macau
Amanhã, Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, pelas 18h30, no Auditório do Consulado-Geral de Portugal, será lançado "Terra de Lebab", novo livro de Fernando Sales Lopes.
De acordo com os editores da obra, o Instituto Português do Oriente e o Instituto Politécnico de Macau, "Terras de Lebab" marca o início de um projecto editorial conjunto que tem por objectivo primordial dar a conhecer ao universo de língua portuguesa o património cultural de Macau, que em palavras traduz olhares e sentires construídos ao longo de séculos na coexistência de culturas várias numa terra de gentes de Macau e de todos os lugares do mundo.
"Terra de Lebab" apresenta-nos a singularidade multicultural de Macau, nascida da fusão de línguas, gastronomia, tradições e festejos. Neste passeio pela realidade local feita de tantos imaginários encontramos a influência dos diferentes traços étnicos na criação de uma identidade própria gerada na troca de saberes e modos de vida que em cada dia fazem desta terra uma metrópole singular.
Fernando Sales Lopes reside em Macau desde 1986. É jornalista profissional, licenciado em História e mestre em Relações Interculturais, tendo centrado a sua actividade de investigação, docência e edição em temas relacionados com questões identitárias e culturas lusófonas.
No Prefácio ao seu livro de poemas, Pescador de Margem (edição Livros do Oriente, Macau, 1997), galardoado com o Prémio Camilo Pessanha 1996/1997, do Instituto Português do Oriente, a escritora Yvette K. Centeno falava de uma aprendizagem e um caminho feitos na "descoberta do outro, dos seus valores", ao longo de uma vida nas margens de um Oriente que se revelou ao mesmo tempo geográfico, histórico e mítico.
Em Lebab, Fernando Sales Lopes mostra-nos Macau e as suas gentes nessa descoberta do Outro que promove o aprofundamento do olhar sobre si próprio e se actualiza em quotidianos de diálogo, de convívio, de respeito.
A apresentação da obra será feita por Sheyla Schuvartz Zandonai, académica brasileira que escolheu Macau como projecto de estudos antropológicos.