Último balanço do sismo refere 62.664 mortos
Nova réplica faz um morto e 262 feridos
Nova réplica faz um morto e 262 feridos
A contagem de vítimas do sismo devastador na China subiu ontem para 62.664 mortos e 23.775 desaparecidos, de acordo com dados do Ministério dos Assuntos Sociais.
O gabinete de Informação do Conselho de Estado indicou em conferência de imprensa que o número de feridos é superior ao de sábado, com um total de 358.816.
O pior risco advém agora do transbordo iminente de meia centena de lagos formados pelas avalanchas de terra e rochas que foram desprendidas pelo sismo, indicou o ministério dos Recursos da Água na conferência de imprensa.
O número de deslocados mantém-se em 14.4 milhões de pessoas no pior sismo registado na China nos últimos 32 anos, com uma amplitude de 7,9 graus na escala de Richter e epicentro na província de Sichuan e que afectou 45 milhões de pessoas no sudoeste do país.
A China voltou ontem a pedir ajuda internacional em tendas de campanha para os milhões de afectados que continuam sem tecto e dormem ao relento em vésperas da chegada da estação de chuvas na região.
A população critica que a maioria dos edifícios que ruíram sejam escolas, pelo que 12 por cento das vítimas do sismo são crianças, e atribuem culpas por isso à corrupção no sector da construção.
Uma forte réplica do sismo foi sentida ontem em Chengdu, capital da província de Sichuan, causando um morto e 262 feridos segundo um primeiro balanço provisório.
A agência oficial Xinhua, que cita o Centro de Sismologia de Sichuan, referiu que esta réplica teve uma magnitude de 6,4 graus na escala de Richter e epicentro no distrito de Qingchuan, a nordeste Sichuan.
Octogenário sobrevive 11 dias sob escombros
Um octogenário foi retirado são e salvo dos escombros da sua casa, na província de Sichuan, depois de ter estado 11 dias soterrado pelo sismo que devastou aquele país, noticiava ontem a agência oficial Xinhua.
Xiao Zhihu encontrava-se numa situação estável quando foi retirado na sexta-feira da sua casa de Mianzhu, cidade da província, a zona mais flagelada pelo sismo.
Durante os onze dias, a sua mulher conseguiu dar-lhe de comer e beber.
O terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu a China a 12 de Maio e terá feito mais de 80.000 mortes, segundo as previsões oficiais.
CAIXA
Ajuda de Macau em Sichuan
Partiu na passada sexta-feira a primeira equipa de assistência médica, composta por 20 médicos e enfermeiros locais, para a cidade Chengdu, capital da província de Sichuan, para apoio às operações nos locais atingidos pelo terramoto, juntamente, no mesmo avião, com uma segunda remessa de ajuda humanitária de Macau. A equipa de assistência irá operar no Terceiro Hospital Popular de Chengdu durante duas semanas.
Antes da partida do grupo, no Aeroporto Internacional de Macau, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Chui Sai On, salientou que, após a ocorrência do sismo, a RAEM tem proporcionado três tipos de ajuda e assistência: donativo às vítimas, envio de materiais de assistência para o local de catástrofe e organização de uma equipa de assistência médica pronta a partir.
Chui Sai On sublinhou que o governo, logo nos primeiros momentos após a tragédia, ofereceu os seus préstimos ao Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, para o envio de uma equipa de resgate e assistência médica até aos locais mais afectados.
Mais de 300 médicos e enfermeiros dos Serviços de Saúde e do Hospital Kiang Wu voluntariaram-se para fazerem parte da equipa.
Chui Sai On disse ainda que o Governo da RAEM continuará a manter contactos com o Gabinete de Ligação do Governo Central e a Cruz Vermelha de Macau para saber as necessidades de ajuda nos locais da catástrofe e ter tudo preparado para fornecer mais materiais de assistência, tanto por via terrestre, como por avião fretado.