1.5.08

No âmbito do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial
Semana da cultura em Novembro

Pequim abriu as portas do Colóquio sobre Administração Económica, no passado dia 10 de Abril, e a Macau coube a sessão de encerramento. Esta foi mais uma actividade do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Zhao Chuang, secretário-geral do Fórum e conselheiro do Departamento de Cooperação Internacional do Ministério do Comércio da China, explicou à TDM que estes colóquios foram iniciados em 2004 e que, "até agora, já realizámos dezenas de seminários, formações e colóquios no âmbito da economia, agricultura, acupunctura, pesca, saúde e zonas económicas francas. No ano passado formámos quase 300 pessoas e até 2006 chegámos às 630. Algumas pessoas foram formadas em Macau, por um lado porque é onde está o secretariado permanente, e, por outro, porque Macau tem uma forte ligação com os sete países de língua portuguesa".
Em Novembro, a semana da cultura dos países de língua portuguesa vai ser realizada entre o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e o secretariado permanente do Fórum. Segundo Zhao Chuang, "como Macau tem realizado anualmente encontros entre os Países de Língua Portuguesa e a China, o secretariado permanente vai colaborar em Novembro para realizar em conjunto com o IACM a semana da cultura".

Café à conquista da China

Tendo partida marcada para hoje, os participantes do colóquio aproveitaram a tarde de ontem para visitar as instalações da Sociedade Industrial de Macau, que, com empreendedores portugueses e café brasileiro, pretende entrar no mercado chinês ainda no primeiro semestre deste ano. A empresa, que ainda não abriu as portas, é já um dos projectos mais dinâmicos da cooperação económica entre os países de língua portugueses e a China. Situada na Ilha Verde, a unidade de processamento de café pretende trabalhar com as equipas da empresa que já estão estabelecidas em Zhuhai, Hong Kong e Cantão.
João Bastos, director comercial da empresa, explica que "a marca foi desenhada para os vários mercados que existem na China, considerando as diversas províncias, temos diferentes blends e estratégias de marketing montadas para cada público". Esta iniciativa, da responsabilidade de empreendedores portugueses que acharam que Macau era a porta de entrada ideal para a China, também cativou a atenção do secretário geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné Bissau que afirmou que "este é um excelente exemplo do que se pode fazer. Na Guiné-Bissau por exemplo, temos a castanha de caju que é o nosso produto estratégico".

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