O mais alto contacto bilateral em 60 anos entre os dois lados do Estreito da Formosa
Presidente do Kuomintang
na China pela primeira vez
Presidente do Kuomintang
na China pela primeira vez
O presidente do Kuomintang partiu ontem para a China para aquele que será o mais alto contacto bilateral em 60 anos entre os dois lados do Estreito da Formosa que se prepara para retomar do diálogo em Junho.
Wu Poh-hsiung, presidente do Kuomintang, tem um amanhã um encontro com o presidente chinês Hu Jintao que sublinha o rápido desenvolvimento das relações entre Taipé e Pequim desde que o Kuomintang “iniciou” o regresso ao poder com as legislativas de Janeiro e que culminaram com a vitória, em Março, de Ma Ying-jeou nas eleições presidenciais.
Wu, que será o primeiro presidente do partido a visitar o continente chinês, lidera uma delegaçào de 16 membros do Kuomintang que partiram para Nanjing num voo charter com escala em Hong Kong.
“Espero que a visita ajude a desenvolver relações positivas no Estreito da Formosa que garantam a segurança do povo de Taiwan, mantenham a prosperidade do povo e dinamizem a política governamental para a China”, afirmou Wu Poh-hsiung antes de partir para o continente.
O mesmo responsável disse estar consciente de que a delegação tem em ombros uma “grande responsabilidade” e prometeu “fazer o melhor” para a melhoria dos contactos bilaterais.
O poder de Taipé já anunciou que pretende retomar em Junho as conversações bilaterais com Pequim que estão paradas há mais de uma década e sublinhou o desejo de construir relações comerciais de turísticas mais próximas com o continente.
A agenda do governo de Taiwan está agora centrada no início dos voos directos em regime charter e ao fim-de-semana entre Taiwan e o continente e no aumento do número de turistas continentais a visitar Taiwan.
Na sua deslocação ao continente Wu Poh-hsiung tem uma visita agendada para Xangai a 29 de Outubro e a um templo budista a 30 de Maio na cidade de Jiangsu para “rezar pela paz no Estreito de Taiwan e pelas vítimas do sismo de Sichuan”.
Apesar de Taiwan e o continente chinês não terem ainda relações normalizadas, Taipé fez um donativo de 800 milhões de dólares de Taiwan (16,65 milhões de euros) e recolheu 1.200 milhões de dólares de Taiwan (25 milhões de euros) da população para as vítimas do sismo.
Além disso, as autoridades de Taipé enviaram para a zona do sismo uma equipa de resgate para ajudar nas operações de salvamento.