Sudoeste da China abalado com magnitude de 6,4 graus na escala de Richter
Réplica do sismo faz seis mortos
Réplica do sismo faz seis mortos
O balanço de mortes provocadas pela forte réplica, no domingo, do sismo do passado dia 12, aumentou para seis, com o registo de mais quatro vítimas mortais, informou ontem a agência estatal chinesa.
Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, as quatro mortes provocadas pela réplica do sismo que abalou de novo o sudoeste da China no domingo, aconteceram na cidade de Hanzhong, no noroeste da província de Shaanxi, adjacente à de província de Sichuan.
Mais 20 pessoas ficaram feridas na cidade, aumentando as centenas de feridos noutras localidades, referiu Hu Runze, governador de Hanzhong.
A réplica, com uma magnitude de 6,4 graus na escala aberta de Richter, é a mais forte registada desde o sismo de 8 graus na escala de Richter que abalou Sichuan, segundo um responsável do gabinete de sismologia da província.
Esta réplica foi a mais potente dos milhares que se registaram desde que o sismo de magnitude 8 abalou o sudoeste da China há duas semanas, provocando cerca de 86 mil mortos e desaparecidos, de acordo com as autoridades.
As quatro mortes vieram juntar-se a outras duas vítimas mortais, uma das quais morreu na cidade de Guangyuan, a norte de Chengdu, capital provincial de Sichuan, disse um funcionário das autoridades regionais citado pela Xinhua.
Segundo a mesma fonte, outras 262 pessoas ficaram feridas em Guangyuan.
As autoridades regionais de Longnan, cidade no noroeste da província de Gansu, também informaram que uma pessoa morreu devido ao deslizamento de pedras de uma montanha que também feriu 109 pessoas, 15 das quais com gravidade.
No distrito de Qingchuan, epicentro da réplica, cerca de 359 pessoas ficaram feridas, adiantou a Xinhua.
A réplica obrigou pessoas a fugirem de edifícios e provocou a queda de 70.000 casas, no sudoeste da China, piorando a situação dos milhões de pessoas afectadas pelo primeiro sismo.
O abalo foi sentido também em Pequim, a 1.500 quilómetros de distância do epicentro.
O epicentro do novo abalo, registado às 16:21 locais (09:21 em Lisboa) e sentido a centenas de quilómetros, situou-se no distrito de Qingchuan, a cerca de 250 quilómetros a nordeste de Chengdu.
CAIXA
65.080 mortos confirmados
65.080 mortos confirmados
O sismo na China a 12 de Maio provocou 65.080 mortos confirmados e 23.150 desaparecidos, segundo um novo balanço oficial provisório, divulgado ontem por um porta-voz do Conselho de Estado (governo). O número de feridos é de 360.058, precisou Guo Weimin.
O anterior balanço anunciado no domingo indicava que o sismo teria provocado 62.664 mortos, 23.775 desaparecidos e 358.816 feridos.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, indicou sábado temer que o número de mortos devido ao sismo de magnitude 8 na escala de Richter que atingiu o sudoeste da China a 12 de Maio possa subir “até 70.000, 80.000 ou ainda mais”.
CAIXA
Vinte detidos por roubarem às vítimas do sismo
Vinte detidos por roubarem às vítimas do sismo
Vinte pessoas foram presas numa das regiões devastadas pelo sismo de dia 12 no sudoeste da China por roubarem aos desalojados pelo terramoto, informou ontem a imprensa estatal chinesa.
Segundo o jornal oficial Notícias de Pequim, 20 indivíduos foram presos em Dujiangyan no domingo por roubarem às pessoas que vivem nos acampamentos improvisados para dar abrigo a milhões de desalojados pelo sismo de magnitude 8 que destruiu milhares de casas.
O jornal estatal não deu pormenores acerca do que foi roubado.
Mais três pessoas foram detidas por crimes relacionados com drogas e outra por posse ilegal de armas.
Pequim prometeu castigos pesados para os crimes nas áreas afectadas pelo sismo e relacionados com a distribuição dos donativos de ajuda às vítimas e recuperação do terramoto.
A imprensa estatal já tinha dado conta de alguns outros casos isolados de prisão por saque de casas e de lojas destruídas pelo sismo de há duas semanas.