Sete associações apresentaram ontem proposta ao Governo
Taxistas querem aumento das tarifas
Taxistas querem aumento das tarifas
Wong Wan tomou posse como primeiro director dos Serviços para os Assuntos do Tráfego (DSAT) na última terça-feira e os taxistas não se fizeram esperar. Ontem, representantes de sete associações do sector submeteram à nova DSAT uma proposta para o aumento das tarifas cobradas. Os taxistas já tinham ameaçado, no início de Abril segundo o jornal Ou Mun, avançar com uma proposta formal no sentido de aumentar os preços marcados nos taxímetros, e agora cumpriram.
Os profissionais do sector querem que os taxímetros passem a marcar 13,5 patacas em vez das 11 iniciais, ao mesmo tempo que as bandeiradas (por cada 180 metros percorridos ou 50 segundos de espera) aumentem de 1 para 1,3 patacas. Esta proposta de aumentos representa um acréscimo de 26,35 % nos preços.
Leng Sai Hou, vice-presidente da Associação dos Comerciantes e Operários de Automóveis de Macau, em declarações aos jornalistas, afirmou que, em comparação com Hong Kong, o preço inicialmente marcado nos taxímetros de Macau era demasiado baixo. Mas não é o termo de comparação com o território vizinho que motiva as reivindicações dos taxistas.
As razões, explicaram os representantes das associações, prendem-se com o contínuo aumento da inflação e as crescentes dificuldades que os taxistas sentem em ter clientes, principalmente depois das 10 da noite, durante a semana.
Relativamente à inflação, e mais concretamente à subida do preços dos combustíveis, os taxistas argumentam que, desde a última subida de preços no sector - Julho de 2006 -, a gasolina está mais cara em cerca de 60 %. Esta situação, defendem, representa um fardo demasiado pesado. Ao mesmo tempo, justificam ainda, tanto os residentes como os turistas que visitam Macau têm cada vez mais poder de compra.