12.6.08

Ambrose So, director executivo da Sociedade de Jogos de Macau
“A Venetian não devia
concentrar-se no jogo”


A Sociedade de Jogos de Macau entende que os princípios a que obedeceu a liberalização do sector estão a ser desvirtuados. Segundo Ambrose So, um dos mais importantes executivos da concessionária, a Venetian não devia sequer ser autorizada a ter salas VIP

Ricardo Pinto

Houve recentemente um encontro entre o governo e os seis concessionários e subconcessionários dos jogos de fortuna e azar. Esse encontro contribuiu mesmo para uma pacificação nas relações entre os diferentes operadores?
Ambrose So – Tenho que começar por referir alguns antecedentes desse encontro. Quando a indústria do jogo foi liberalizada, nós, como operadores nativos, achámos desde logo que faria todo o sentido a existência de um sistema que permitisse aos operadores sentarem-se a uma mesma mesa, para troca de informações e também para tentarem ajudar à regulação do sector. Se bem se lembra, em 2005, quando fui candidato à Assembleia Legislativa, a nossa lista já advogava a criação de uma instituição que permitisse auscultar os principais agentes da indústria do jogo, por forma a ajudar o governo a regular o sector enquanto tal. Nessa altura havia já muita legislação em atraso, sendo notório que seria difícil recuperar o tempo perdido já que a indústria estava a desenvolver-se a um ritmo muito rápido. Daí que seja triste que só numa fase já muito adiantada do processo, quando a concorrência se tornou feroz, uma reunião tenha sido convocada para que os seis operadores se juntassem a uma mesma mesa, sob os auspícios do governo de Macau.

A SJM e a Vanetian saíram dessa reunião com posições opostas nas matérias em discussão. E mais uma vez houve comentários à saída que pareceram confirmar a existência de um clima de alguma animosidade entre os dois líderes do mercado.
Eu não diria que existe animosidade entre nós, excepto no que se refere a questões de concorrência. Houve algumas trocas duras de palavras, e isso faz as pessoas pensarem que existe animosidade. Não existe. Em todo o caso, parece-me evidente que no mundo da concorrência tem que haver algumas regras e directivas para permitir que todos fiquem com uma justa fatia do mercado.

A Venetian discorda da ideia se impor um tecto às comissões que são pagas aos operadores junket (promotores de jogo), alegando que o mercado poderá por si próprio encontrar valores aceitáveis. Por que não?
Não é um comentário justo da parte deles. Como disse antes, há muita legislação em atraso desde que a indústria foi liberalizada. Se se olhar para as intenções manifestadas nessa altura, as razões da liberalização apontavam para uma indústria do jogo mais diversificada e mais regulada. No dia em que foram anunciados os três vencedores do concurso internacional para a atribuição de concessões, os comentários oficiais foram os seguintes: A STDM (quero dizer, a SJM) era o concessionário que transitava do passado, operava no mercado local há 40 anos, era muito boa na área dos jogos de fortuna e azar tradicionais e devia continuar nessa via; a Venetian (ou, melhor dizendo, a Galaxy, já que nessa altura ainda não se haviam separado) era muito boa no sector das exposições e convenções e Macau requeria diversificação nessa área; a Wynn, como se sabe, é muito boa nos aspectos relacionados com o lazer e na criação de destinos para turismo familiar, e era aí que devia concentrar os seus esforços. Ou seja, no início ficou implícito (embora, reconheço, nunca tenha sido afirmado de forma absolutamente clara) que a SJM devia continuar a desenvolver o jogo tradicional, a Venetian devia concentrar-se nas exposições e convenções (com um elemento de jogo acrescentado como motivo suplementar de atracção) e a Wynn devia focar as suas atenções na criação de uma atmosfera que permitisse tornar Macau um novo destino turístico para famílias e homens de negócios.
Bom, quando se fala agora do número de mesas de jogo deve ter-se em conta essas intenções originais de quem promoveu o concurso, para se assegurar um justo equilíbrio na distribuição das mesas entre os vários operadores. No entanto, a partir do momento em que os novos operadores entraram em acção (e não vou aqui discutir as razões complexas que levaram ao aparecimento de três subconcessões) e toda a gente percebeu as novas oportunidades que se criaram quando a China adoptou uma nova politica de vistos individuais para Macau e Hong Kong, todos os operadores decidiram que era no jogo que iam concentrar as suas atenções. Como exemplo, lembrava que a Sands abriu a sua operação com um casino apenas – nem hotel tinham quanto mais centro de convenções, e a Galaxy centrou os seus esforços iniciais na reconversão de edifícios no centro da cidade, onde mais uma vez se tratava de jogo puro e nada mais. Portanto, quando se revisita o modo como a indústria foi liberalizada, há que reconhecer que houve uma distanciação daquilo que eram as intenções originais.

E a SJM foi tratada injustamente ao longo desse processo, é isso que quer dizer?
Bom, quando as concessões foram atribuídas foi-nos criada a expectativa de que continuaríamos a fazer aquilo em que somos bons, que é o jogo tradicional. Assim que os outros operadores entraram nesse mercado do jogo tradicional, constatámos rapidamente de que se preparava a criação de um ambiente de concorrência feroz.

Concorrência feroz, concorrência de corda na garganta – são queixas que vêm sendo ouvidas com regularidade a partir de diferentes fontes da SJM. Explique-nos quão difícil é a actual situação?
A situação é difícil, mas não apenas para a SJM. Há um excesso de concentração da oferta em produtos ligados ao jogo, em detrimento de outros. E a actual situação passa pela existência de vários outros problemas, como a grande subida dos salários no sector, a falta de profissionais especializados e as grandes dificuldades criadas às pequenas e médias empresas. São problemas que estão a afectar toda a comunidade de Macau. No sector do jogo, todos os operadores do jogo têm sido afectados, incluindo a Venetian. Foi por isso que anunciaram que iriam aumentar a comissão que pagam aos junkets. Os clientes deles estavam a mudar-se para outros casinos, e tiveram que melhorar as condições (oferecidas aos promotores de jogo) para que eles regressassem. A situação chegou a um ponto em que são os junkets que fazem o grosso do dinheiro, enquanto que as margens de lucro das concessionárias são menores dia após dia.

Está criada uma situação em que o sector está a ser controlado por quem não teve sequer que lutar por uma concessão?
Sim, sem dúvida. A realidade é que essas pessoas que trazem os clientes têm hoje uma palavra muito importante a dizer no âmbito do jogo. Se alguém oferece a um operador junket uma comissão maior, ele muda-se para lá. Se isso não acontecer, passa-se para outro concessionário. Toda a gente se desunha para conseguir mais negócio, e isso acaba por ser um problema. Alem disso, os operadores junket precisam de ser licenciados; o governo deve poder avalizar ou não a sua actividade. Julgo que uma operação torna-se insustentável se forem oferecidas comissões demasiado elevadas aos operadores junket. Durante um período, um período curto, pode até ganhar-se penetração no mercado devido à subida do volume de apostas, mas se se pagarem comissões muito próximas do valor das receitas, aí está criado um problema. Os operadores de casinos dependem de probabilidades e respectivas percentagens de êxito. Se as percentagens forem elevadas, é claro que se torna possível pagar aos operadores junket, mas se as percentagens foram baixas há um problema para resolver.

Mas mesmo que o governo venha mesmo a impor um tecto nas comissões oferecidas aos promotores de jogo, isso não vai acabar com a luta pelos seus serviços e pelos clientes que representam, não é verdade?
Mas um tecto nas comissões terá como efeito a estabilização do mercado. É claro que o governo terá que encontrar um sistema de fiscalização que impeça chico-espertices, como seria a existência de pagamentos por debaixo da mesa. Se o governo está mesmo apostado em regulamentar esta questão, terão que fazer alguma coisa nesse domínio, sob pena do tecto para as comissões se transformar numa directiva esvaziada de conteúdo prático.

Será fácil assegurar uma efectiva fiscalização?
Não, não será fácil. Mas se o governo adoptar regras que permitam reportar desvios à norma, penso que terão um efeito dissuasor para os operadores que possam sentir-se tentados em desrespeitá-la.

No meio dessa concorrência feroz de que fala, há já casinos de pequena dimensão que corram o risco de fechar as portas?
Quando se compete por clientes, os preços oferecidos não são o único factor a ter em conta. Tem que se ter em conta também o hardware disponível. Com todos estes novos operadores do jogo a trazerem um hardware muito melhorado, e se os preços praticados forem os mesmos, os clientes serão seguramente encaminhados para onde houver melhores instalações. E isso cria uma pressão adicional a quem está a operar em instalações antigas ou menos modernas. De facto, temos assistido a algumas salas VIP cessarem as suas operações ou estarem envolvidas em processos de fusão entre elas. Há uma grande reestruturação em curso entre os operadores junket.

Qual seria o valor indicado para esse tecto nas comissões?
No encontro com o governo houve consenso de que o tecto devia ser fixado em 1.25 por cento do total de fichas apostadas. Mas houve uma grande diversidade de opiniões quanto ao número de mesas que cada operador deve poder ter.

O governo parece estar também decidido a impor um tecto no número de mesas?
Como disse, não existe consenso entre os operadores nessa matéria. Concordámos que deveria haver um limite no número de mesas, mas não chegámos a acordo sobre um número a adoptar. Cabe por isso ao governo encontrar os necessários equilíbrios. O governo devia ter um plano de curto, médio e longo prazo para o crescimento do número de mesas de jogo, ao mesmo tempo que devia clarificar os critérios para a sua aprovação. Fiquei com a sensação durante o encontro que o governo e as concessionárias têm hoje consciência de que não se podem abrir tantas mesas de jogo quanto as que se possam querer. É preciso haver um equilíbrio, levar em linha de conta todos os diferentes níveis de desenvolvimento da indústria e dos outros sectores da sociedade.

Há quem considere que o congelamento da expansão do número de casinos resulta em vantagem para a Venetian, uma vez que tem já um grande número de projectos aprovados. Concorda com essa visão?
Julgo que está por se saber quais serão as políticas específicas que o governo vai adoptar para o sector. No seu discurso o chefe do Executivo foi muito claro num ponto: o ritmo de expansão da indústria dos casinos deve ser controlado. Como e quando, isso está ainda para ser explicado pelo secretário (para a Economia e Finanças, Francis Tam). Daí que seja ainda muito cedo para determinar se esta medida beneficia alguma concessionária em particular.

Não tem, portanto, qualquer reserva em relação a esta medida, certo?
A SJM é aqui um operador local. Estamos muito enraizados na sociedade e profundamente envolvidos no desenvolvimento da economia de Macau. Temos sempre junto do coração o benefício de Macau como um todo. Existindo uma base de justiça e equidade na definição da politica respeitante ao número de mesas que cada concessionária pode ter e ao ritmo da sua expansão, estaremos obviamente de acordo.

Olhando hoje para o Cotai, mal se vê a SJM representada naquele imenso terreno, apesar de como operador local ser, naturalmente, quem melhor conhece o terreno. O que é que falhou? A SJM sente-se agravada pelo modo como os terrenos do Cotai foram distribuídos entre os diferentes operadores?
Em termos de área, é claro que achamos que a SJM não foi tratada com justiça. Na reunião, a Venetian disse que o número de mesas devia ser determinado em função do investimento de cada um dos operadores. Mas alguns dos outros operadores, não nós, disseram: “Nós também temos capacidade financeira para realizar grandes investimentos, mas infelizmente não nos foi concedida a área de terra que queríamos. O governo atribuiu toda a terra à Venetian, e por isso privou-nos de oportunidades. Mesmo que queiramos investir, não o podemos fazer”.
Ou seja, houve aqui um processo de concorrência desleal. Eles tiveram os terrenos a um preço muito baixo, para ser franco, dado que beneficiaram das regras constantes na lei do jogo. E esta não me parece que tenha sido a forma mais justa de gerir o uso da terra. Se se voltar às intenções originais da liberalização, que passavam pela responsabilidade da Venetian em desenvolver o sector das convenções, é claro que eles precisavam de um grande lote de terreno. Mas era nessa actividade que tinham que se concentrar. A Venetian não devia concentrar-se no jogo.

A dada altura Sheldon Adelson veio a Macau para falar da sua visão de uma Cotai Strip semelhante à existente em Las Vegas. Basicamente, ele estava a pedir ao governo terreno para os seus futuros investimentos. Por que razão os outros operadores ficaram quietos e não apresentaram então também as suas ideias para aquela zona?
Mas é claro que expressámos as nossas ideias.

Foi então uma questão de eles terem agido mais depressa?
Quando o concurso internacional foi aberto, havia uma certa escala de investimento exigido e, consequentemente, uma expectativa quanto ao terreno necessário à sua realização. Mais uma vez, no entanto, tenho que voltar às intenções originais. A Venetian foi escolhida para desenvolver o sector das convenções, por isso não devia estar a falar do número de mesas. E não deviam ser autorizados a ter salas VIP. De acordo com a interpretação que faço do processo, eles só podiam concentrar-se no mercado de massas. O jogo devia ser meramente um complemento ao seu negócio fundamental.

Um tribunal do Nevada condenou recentemente Sheldon Adelson a pagar uma indemnização de 43 milhões de dólares americanos a um empresário de Hong Kong, Richard Suen, que aparentemente ajudou-o a entrar no mercado de Macau. De acordo com testemunhos ouvidos em tribunal, o patrão da Venetian encontrou-se em Pequim com o então vice primeiro-ministro Qian Qichen e outros responsáveis do governo chinês, em Julho de 2001, a quem terá prometido que usaria a sua influência no Congresso dos EUA para travar qualquer moção que criasse dificuldades à eleição de Pequim para sede dos Jogos Olímpicos de 2008. Crê que existe alguma relação entre esses encontros em Pequim e o que depois se passou em Macau com a Venetian?
De acordo com as notícias que li, Richard Suen apresentou-o a responsáveis do governo chinês. Não sei se é verdade, mas é plausível. Mas, em todo o caso, o júri parece ter acreditado na história dele pois caso contrario não lhe teria atribuído uma indemnização.

O encontro entre Adelson e Qian Qichen aconteceu mesmo. Não há dúvidas sobre isso.
Sim, há até fotografias desse encontro. Mas Adelson desmente que ele tenha tido a ver com a atribuição de uma concessão de jogo em Macau. E eu não sei o que realmente aconteceu. Eu segui o caso através da leitura de jornais, que mencionaram essas ligações politicas. Mas não estou em posição de avaliar até que ponto foram decisivas.

Foi também noticiado que Sheldon Adelson pagou a uma empresa privada americana para investigar o passado de Stanley Ho, e que uma fuga de informação levou o relatório final dessa investigação até às mãos da imprensa escassos dias antes da Comissão do Jogo do Nevada efectuar uma importante audição a propósito da joint-venture entre Pansy Ho e a MGM. Voltando à pergunta do início, não é este tipo de episódios que pode também justificar a existência de animosidade entre a SJM e a Venetian?
A única coisa que lhe posso dizer é que o sr. Adelson tem um modo muito especial de fazer as coisas, que francamente não entendo.

Stanley Ho acusou-o de querer controlar Macau.
Bem, a intenção que manifestaram de subir a comissão paga aos junkets para 1.5 por cento leva-nos à conclusão natural de que queriam apoderar-se de todo o mercado. Era claramente uma comissão de cortar à faca, e foi por isso aliás que o governo decidiu convocar aquele encontro.

Bom, há muito quem se queixe que as pequenas e médias empresas também têm que enfrentar uma concorrência por parte da indústria do jogo que as deixa com a corda na garganta, mas aí o governo não intervém como o fez recentemente com os operadores do jogo. Não há aqui um caso de dois pesos e duas medidas? Num caso, o governo intervém e impõe limites à concorrência; no outro, às pessoas é dito que o mercado deve funcionar sem intervenções exteriores.
Eu penso que essa é uma questão que deve endereçar ao governo: “Por que não intervieram, apesar dos pedidos de ajuda das pequenas e médias empresas nos últimos 3 ou 4 anos”? E não são só elas. Até escolas e bancos estão hoje a perder gente para a indústria do jogo. Os jovens estão a abandonar o ensino secundário para irem ganhar salários elevados para os casinos.

O que pensa da ideia do governo de atribuir um subsídio de 5 mil patacas a cada residente permanente de Macau?
Não gosto especialmente da ideia. Basicamente porque há pessoas que não precisam absolutamente dessas 5.000 patacas e há outras que precisam de muito mais. Sobre este último grupo devia recair a prioridade em matéria de gastos com fundos públicos. Além disso, é claro, o facto de se distribuir hoje 5.000 patacas a cada residente permanente tem uma implicação: o que fará o governo no próximo ano se, por hipótese, se estiver numa situação de abrandamento económico? Estão a criar-se expectativas, e isso terá consequências.

Devem as pessoas que não precisam dessas 5.000 patacas meter o dinheiro ao bolso? Vai ficar com elas?
Este é um direito de todo o cidadão de Macau. Vão enviar-nos um cheque pelo correio.

Não fosse esse o caso, dirigir-se-ia a um edifício do governo para levantar o dinheiro?
Sim, por que não? Como disse, é um direito de todo e qualquer cidadão. O que cada um faz com esse dinheiro, isso é com eles. Diga-me: se o governo decidir reduzir os impostos e você entender que não precisa disso, vai devolver o dinheiro que poupou com a descida dos impostos?

Foi explicado oficialmente que este subsídio destinava-se a ajudar as famílias a combater a inflação. Acredita que esta medida pode obter bons resultados nessa área?
Definitivamente, não. A inflação vai aumentar, seguramente. É um cenário económico clássico este que temos pela frente.

Então, estamos apenas perante esbanjamento de dinheiro para comprar paz social?
Bom, o governo disse que esta era uma forma de devolver a riqueza ao povo. Teoricamente, é algo de bom. Quando se governa um território, deve procurar distribuir-se a riqueza por quem contribuiu para a gerar. Mas há muitas maneiras de fazer isso. Pode investir-se na educação, na segurança social e noutras áreas. O mais importante é traçar prioridades. E esta foi a forma mais fácil de fazer as coisas.

E uma muito pouco usual, não é verdade? Quer dizer, não é fácil encontrar uma medida deste tipo em manuais de economia, não lhe parece?
Ponto nº 1: Não é fácil de encontrar. Ponto nº 2: Só podia mesmo acontecer num território com uma população reduzida; Ponto nº 3: Aqui tudo é fácil de gerir; Ponto nº 4: Noutros lugares há muitas outras prioridades a respeitar.

Será candidato nas eleições legislativas do próximo ano?
Não está decidido ainda.

Será uma decisão pessoal ou será tomada no âmbito do grupo STDM? Gostou da primeira experiência há quatro anos, apesar de não ter sido eleito?
É claro que será uma decisão pessoal. Da última vez gostei muito, sim, da experiência de ter sido candidato à AL.

Analistas fizeram notar que muito provavelmente não terá sido eleito por ter lançado a candidatura muito tarde. Se pensa recandidatar-se, não seria melhor fazê-lo com mais tempo?
(Risos) Sim, mas antes disso tenho que tentar perceber se a comunidade precisa de mim. Se for esse o caso, estou sempre disponível para servir Macau – em qualquer função que se mostre benéfica para o território. Trabalho no seio desta comunidade há mais de 30 anos e tenho, por isso, uma afectividade muito grande pelo bem estar de Macau.

Algo pensado já relativamente à eleição do chefe do Executivo?
Bem, os requisitos para se ser candidato foram apresentados de forma clara. Terá que se ser patriota, amar a nação, acreditar firmemente no princípio ‘Um País, Dois Sistemas’ e estar disponível para servir os interesses de Macau. Qualquer pessoa que reúna estes requisitos está habilitada a candidatar-se a chefe do Executivo. Só não posso ter ainda qualquer preferência, no entanto, por ninguém ter ainda avançado com uma candidatura. Se não se sabe quais são os cavalos que entram numa corrida, como pode apostar-se em qualquer deles?

Edições Anteriores

Arquivo

DIRECTOR Paulo Reis REDACÇÃO Isabel Castro, Rui Cid, João Paulo Meneses (Portugal); COLABORADORES Cristina Lobo; Paulo A. Azevedo; Luciana Leitão; Vítor Rebelo DESIGN Inês de Campos Alves PAGINAÇÃO José Figueiredo; Maria Soares FOTOGRAFIA Carmo Correia; Frank Regourd AGÊNCIA Lusa PUBLICIDADE Karen Leong PROPRIEDADE, ADMINISTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Praia Grande Edições, Lda IMPRESSÃO Tipografia Welfare, Ltd MORADA Alameda Dr Carlos d'Assumpção 263, edf China Civil Plaza, 7º andar I, Macau TELEFONE 28339566/28338583 FAX 28339563 E-MAIL pontofinalmacau@gmail.com