12.6.08

Registou este ano perdas de 100 milhões de patacas contra 109 milhões no ano passado
Air Macau quase iguala
prejuízos de 2007 até Abril


A Air Macau, participada da TAP e companhia de bandeira da RAEM, continua a registar fortes prejuízos tendo quase igualado nos primeiros quatro meses deste ano as perdas de 2007, disse uma fonte da empresa.
Fonte da administração da operadora de Macau explicou à Agência Lusa que entre Janeiro e Abril deste ano a Air Macau registou prejuízos de cerca de 100 milhões de patacas contra 109 milhões de patacas em 2007.
“A taxa de ocupação dos aviões situa-se nos 70 por cento”, explicou a mesma fonte, salientando que “apesar de não ser má, a taxa tem de aumentar significativamente para que a empresa, pelo menos, não registe perdas”.
“Com os actuais custos, a taxa de ocupação para o equilíbrio das contas entre receitas e despesas estará ligeiramente acima dos 80 por cento e por isso a Air Macau tem de vender mais e melhor, ou seja, com maior margem”, afirmou.
Por outro lado, continuou, a Air Macau ”tem ainda de analisar todo o seu mercado e fazer opções estratégicas de futuro, de forma a potenciar as rotas mais rentáveis e largar mercados que possam não ser interessantes para a companhia”.
A fonte acrescentou ainda que a partir do segundo semestre, o mercado da aviação de Macau terá de sofrer novas adaptações com o início das ligações directas entre o continente chinês e Taiwan.
“Se numa primeira fase pode não se sentir uma quebra significativa na operação da Air Macau, que tem a sua operação muito concentrada no mercado de Taiwan, num futuro não muito longínquo essa quebra será acentuada, disse.
“Basta ver que companhias como a Eva Air, de Taiwan, que também efectua ligações para Macau, está já a equacionar ajustamentos, quer na frequência, quer no número de passageiros disponíveis em cada aeronave para Macau para se adaptar à nova realidade dos voos directos”, concluiu.
Desde 2005 que a Air Macau tem vindo a acumular prejuízos constantes e 2007 foi o segundo ano de maiores perdas depois dos prejuízos de cerca de 150 milhões de patacas registados em 2003, o ano marcado pela pneumonia atípica.
A Air Macau tem mais de 60 por cento do seu tráfego concentrado em Taiwan e tem planos para, a partir de meados do ano, reforçar voos para a Coreia, Japão e continente chinês com a consequente redução dos voos da Formosa como medidas de resposta aos voos directos entre a China e Taiwan.
Em 2005, a Air Macau registou um resultado negativo de 20 milhões de patacas e em 2006 de 62 milhões de patacas.
A Air Macau tem como accionistas a China National Aviation Corporation (51 por cento) - integrada na holding gerida pela Air China - e a SEAP - Serviços, Administração e Participações, que integra a TAP Portugal e o BNU (20 por cento), a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (14 por cento), e, em partes iguais de cinco por cento, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau, transportadora de Taiwan Eva Air e um grupo de pequenos accionistas privados.

Edições Anteriores

Arquivo

DIRECTOR Paulo Reis REDACÇÃO Isabel Castro, Rui Cid, João Paulo Meneses (Portugal); COLABORADORES Cristina Lobo; Paulo A. Azevedo; Luciana Leitão; Vítor Rebelo DESIGN Inês de Campos Alves PAGINAÇÃO José Figueiredo; Maria Soares FOTOGRAFIA Carmo Correia; Frank Regourd AGÊNCIA Lusa PUBLICIDADE Karen Leong PROPRIEDADE, ADMINISTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Praia Grande Edições, Lda IMPRESSÃO Tipografia Welfare, Ltd MORADA Alameda Dr Carlos d'Assumpção 263, edf China Civil Plaza, 7º andar I, Macau TELEFONE 28339566/28338583 FAX 28339563 E-MAIL pontofinalmacau@gmail.com