Registou este ano perdas de 100 milhões de patacas contra 109 milhões no ano passado
Air Macau quase iguala
prejuízos de 2007 até Abril
Air Macau quase iguala
prejuízos de 2007 até Abril
A Air Macau, participada da TAP e companhia de bandeira da RAEM, continua a registar fortes prejuízos tendo quase igualado nos primeiros quatro meses deste ano as perdas de 2007, disse uma fonte da empresa.
Fonte da administração da operadora de Macau explicou à Agência Lusa que entre Janeiro e Abril deste ano a Air Macau registou prejuízos de cerca de 100 milhões de patacas contra 109 milhões de patacas em 2007.
“A taxa de ocupação dos aviões situa-se nos 70 por cento”, explicou a mesma fonte, salientando que “apesar de não ser má, a taxa tem de aumentar significativamente para que a empresa, pelo menos, não registe perdas”.
“Com os actuais custos, a taxa de ocupação para o equilíbrio das contas entre receitas e despesas estará ligeiramente acima dos 80 por cento e por isso a Air Macau tem de vender mais e melhor, ou seja, com maior margem”, afirmou.
Por outro lado, continuou, a Air Macau ”tem ainda de analisar todo o seu mercado e fazer opções estratégicas de futuro, de forma a potenciar as rotas mais rentáveis e largar mercados que possam não ser interessantes para a companhia”.
A fonte acrescentou ainda que a partir do segundo semestre, o mercado da aviação de Macau terá de sofrer novas adaptações com o início das ligações directas entre o continente chinês e Taiwan.
“Se numa primeira fase pode não se sentir uma quebra significativa na operação da Air Macau, que tem a sua operação muito concentrada no mercado de Taiwan, num futuro não muito longínquo essa quebra será acentuada, disse.
“Basta ver que companhias como a Eva Air, de Taiwan, que também efectua ligações para Macau, está já a equacionar ajustamentos, quer na frequência, quer no número de passageiros disponíveis em cada aeronave para Macau para se adaptar à nova realidade dos voos directos”, concluiu.
Desde 2005 que a Air Macau tem vindo a acumular prejuízos constantes e 2007 foi o segundo ano de maiores perdas depois dos prejuízos de cerca de 150 milhões de patacas registados em 2003, o ano marcado pela pneumonia atípica.
A Air Macau tem mais de 60 por cento do seu tráfego concentrado em Taiwan e tem planos para, a partir de meados do ano, reforçar voos para a Coreia, Japão e continente chinês com a consequente redução dos voos da Formosa como medidas de resposta aos voos directos entre a China e Taiwan.
Em 2005, a Air Macau registou um resultado negativo de 20 milhões de patacas e em 2006 de 62 milhões de patacas.
A Air Macau tem como accionistas a China National Aviation Corporation (51 por cento) - integrada na holding gerida pela Air China - e a SEAP - Serviços, Administração e Participações, que integra a TAP Portugal e o BNU (20 por cento), a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (14 por cento), e, em partes iguais de cinco por cento, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau, transportadora de Taiwan Eva Air e um grupo de pequenos accionistas privados.