Artista é o novo chefe dos Serviços Culturais e Recreativos do IACM
Ung Vai Meng deixou direcção
do Museu de Arte de Macau
Ung Vai Meng deixou direcção
do Museu de Arte de Macau
Guilherme Ung Vai Meng deixou o cargo de director do Museu de Arte de Macau (MAM) e é, desde a passada segunda-feira, chefe dos Serviços Culturais e Recreativos do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). A "promoção" ocorre depois de Henry Ma Kam Keong, que assumiu a chefia do departamento cultural do IACM desde 1997, ter sido nomeado membro do Conselho de Administração do IACM no passado dia 13 de Maio, como o PONTO FINAL noticiou.
No lugar de Ung Vai Meng à frente do MAM fica agora Chan Hou Seng, que desempenhava anteriormente naquela instituição a função de curador de pintura e caligrafia chinesas.
Tanto Ung Vai Meng como Chan Hou Seng mostraram-se ontem indisponíveis para falar sobre as suas novas funções.
Entretanto, fonte do MAM contactada por este jornal garante que as actividades do MAM vão continuar como programadas, não havendo no horizonte "grandes mudanças no projecto".
Em Dezembro de 2007, em declarações à revista Macau Closer, Guilherme Ung Vai Meng recordou o momento da da fundação do MAM. Em 1999, no último ano da Administração portuguesa do território, Ung Vai Meng, que também é um dos mais conceituados artistas plásticos locais, foi incumbido de liderar uma equipa com a missão de criar um museu de arte num "deserto cultural" chamado Macau. "Era quase uma missão impossível", comentou Ung Vai Meng, destacando a "falta de experiência" como o obstáculo principal.
Nesse sentido, o artista observou que "nunca esperei ser chamado para dirigir um museu. Sou pintor e a maior parte da minha equipa era formada por artistas, e ninguém tinha ideia de como gerir uma instituição. Mas houve um factor fundamental: todos tínhamos um forte sentido de devoção para criar algo em Macau."
Conforme Ung Vai Meng disse ainda na entrevista à revista de língua inglesa, a principal missão do MAM, desde o início, consistiu em trazer arte feita em todo o mundo para Macau, bem como mostrar arte chinesa no resto do mundo. Além disso, a promoção dos artistas locais foi sempre outra das prioridades do MAM. Neste sentido, destaque para a participação de Macau na 52ª Bienal de Arte de Veneza, no ano passado.
Na mesma entrevista, Ung Vai Meng considerou ainda que o MAM passou já da sua "fase inicial", estando já numa fase de maturação e estabilização.