Governo português anunciou ontem "refundação" do Instituto Camões
Leitores de português na China
ainda não receberam
Leitores de português na China
ainda não receberam
Os cinco leitores de português na China ainda não receberem os vencimentos relativos ao mês de Maio, disse ontem à Rádio Macau Maria Helena Rodrigues, presidente do Instituto Português do Oriente - IPOR. Relativamente ao futuro da instituição, que se encontra em ruptura financeira, poderá ser decidido na próxima semana, quando se realizar a assembleia-geral em Lisboa.
"Há uma assembleia marcada para segunda-feira e vamos aguardar calmamente quais são as decisões dos associados. Quem pode manda e quem manda pode... Aguardo calmamente como sempre tenho feito. Estarei a trabalhar até ao último momento. Acho que o IPOR é uma instituição suficientemente importante e prestigiada para sobreviver a todas as convulsões."
O IPOR, responsável pela divulgação da língua e da cultura portuguesa na Ásia, passa por crise uma financeira desde que foi rejeitada, em Dezembro de 2007, a proposta de plano de actividades e orçamento para 2008, afirmou a presidente em anteriores declarações. O orçamento para 2007 só foi aprovado no último mês do ano.
A crise financeira do IPOR veio à tona poucos dias depois do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, ter afirmado em Macau que o governo luso se prepara para anunciar um novo plano de divulgação da língua e da cultura portuguesa pelo mundo.
Instituto Camões vai ser refundado
Ontem mesmo, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, adiantou que José Sócrates anunciará ainda este mês “medidas de fundo para reforço da língua portuguesa no mundo”.
“Ainda este mês será feito o anúncio, pelo primeiro-ministro, de medidas importantes para a expansão da língua e da cultura portuguesas no mundo”, referiu Amado, que adiantou que elas serão incluídas numa “nova estratégia” que incluirá a “refundação do Instituto Camões”.
Numa alusão ao apelo de Cavaco Silva para reforço do investimento na rede diplomática portuguesa e para o apoio à implementação de empresas portuguesas no estrangeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu a necessidade de instruir os diplomatas para que “orientem mais a sua actividade” para o apoio à internacionalização da economia portuguesa.