Hong Kong ganhou Torneio “Ten’s” do Canídromo
Râguebi de Macau recebe convite
para participar no Asiático
Mongólia e Qatar deverão ser os adversários de Macau num dos escalões do Campeonato Asiático de Râguebi. O palco ainda não está escolhido, Qatar ou Dubai. Nem a selecção do território confirmou a sua presença. Mas os convites surgem e a equipa vai actuar na Indonésia esta semana. Hong Kong Valley ganhou Torneio Ten’s da RAEM
Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net
Râguebi de Macau recebe convite
para participar no Asiático
Mongólia e Qatar deverão ser os adversários de Macau num dos escalões do Campeonato Asiático de Râguebi. O palco ainda não está escolhido, Qatar ou Dubai. Nem a selecção do território confirmou a sua presença. Mas os convites surgem e a equipa vai actuar na Indonésia esta semana. Hong Kong Valley ganhou Torneio Ten’s da RAEM
Vítor Rebelo
rebelo20@macau.ctm.net
Foi mais um fim-de-semana em que se falou muito de râguebi, numa altura da época em que se prepara o defeso. Ou seja, vêm aí as férias da modalidade, em especial em Hong Kong, com os jogadores a prepararem o descanso, após mais um ano de intensa actividade.
Alguns deles não deixaram, no entanto, de vir até Macau para o torneio da variante de dez, que é já uma tradição nesta altura do ano.
Antes da abordagem à prova que teve lugar no Canídromo, uma referência a um convite que surgiu através da Federação Asiática da modalidade, para que Macau possa participar num dos escalões da “festa asiática do râguebi”, ou seja, o campeonato do continente, que está a ser preparado no Qatar ou no Dubai, Emirados Árabes Unidos.
Os responsáveis asiáticos pretendem que a competição tenha vários níveis e por isso também convidaram Macau, que estaria no escalão mais baixo, como é natural.
Os adversários parece estarem já escolhidos, Qatar e Mongólia, perfeitamente ao alcance da selecção treinada por Luis Herédia.
Dificuldades na viagem
por causa da disponibilidade
por causa da disponibilidade
O problema é que uma deslocação deste tipo obriga a uma permanência de pelo menos cinco a seis dias.
“Esse é de facto o problema, uma vez que muitos dos jogadores possivelmente terão problemas nos seus empregos. Estamos já a pensar nesta presença no Asiático que seria excelente para nós, mas a própria Federação Asiática, consciente das dificuldades das equipas, poderá organizar este nosso escalão na variante de dez ou mesmo sete. Gostaríamos logicamente de estar presentes, mas tudo dependerá das condições que tivermos”, palavras de Luis Herédia.
Macau, apesar de ainda não possuir um campo próprio para treinar e fazer os seus jogos, tem recebido, curiosamente, cada vez mais convites do exterior, o que demonstra a “batalha” que dirigentes e jogadores têm travado para manter viva a chama do râguebi no território.
O Asiático ainda não tem data marcada, mas deverá acontecer antes do final do ano.
Os escalões mais altos vão contra com as melhores selecções do continente, pelo que será certamente uma grande festa e divulgação do râguebi por estas paragens.
“Vamos decidir dentro de algum tempo se iremos a este torneio integrado no Asiático. É bom para a imagem de Macau e óptimo para dar maior rotina de competição aos nossos jogadores.”
Quarto particular de “quinze”
é diante da Indonésia
é diante da Indonésia
E enquanto essa presença está por confirmar, é certa a deslocação já esta semana, a Jacarta, capital da Indonésia, para o quarto amigável de carácter internacional, na variante de quinze, categoria em que a selecção macaense não tem estado muito activa.
A equipa de Ricky, José Reis e companhia, já fez três jogos deste tipo e curiosamente ainda não perdeu nenhum.
Dois encontros diante do Paquistão e Cambodja, ambos realizados em Hong Kong, e outro diante dos indonésios, em Jacarta, resultaram em três triunfos, o que significa a invencibilidade da selecção de Macau neste tipo de particulares, sancionados pela Federação Asiática da modalidade.
O desafio face aos indonésios vai realizar-se na próxima sexta-feira, com a equipa a seguir viagem na quinta à noite, no voo directo desde a RAEM, no avião da Viva Macau.
“O facto de haver voo directo também ajudou a que respondêssemos positivamente a mais este convite da equipa da Indonésia, que defrontámos há dois anos. Ganhámos nessa altura, mas nada sabemos do progresso ou não do nosso adversário, pelo que vamos na expectativa de encontrar, provavelmente, um opositor mais forte. Isso é também um aliciante para o jogo.”
Dois reforços da RAEK
para primeira linha
para primeira linha
Macau irá utilizar, neste embate com os indonésios, dois elementos de Hong Kong, pelos vistos considerados imprescindíveis para o “equilíbrio” da formação de Luis Herédia.
“É essencial termos dois pilares na primeira linha. Quase que conseguimos jogadores nossos para esses lugares, mas ainda não precisamos de mais algum tempo. E assim a equipa fica mais consistente. É importante alinharmos com cinco elementos de primeira linha.”
Luis Herédia, o treinador, leva a Jacarta a equipa habitual, com Ricky, Noel Cardoso me José Reis, por exemplo, mas não podendo contra com a presença de Anacleto Cabaça. Será uma das baixas da selecção macaense.
“Queremos ganhar mais este jogo. A equipa está mais rodada, depois de ter participado na temporada do râguebi de Hong Kong, mais concretamente no campeonato da III Divisão. Mas de facto nada sabemos do actual valor dos indonésios e eles também estarão na expectativa. Estamos melhores. Vamos utilizar uma formação mesclada de jogadores experientes e sangue novo. Será interessante este desconhecimento mútuo.”
Selecção mais forte
e mais rodada
e mais rodada
Luis Herédia reconhece que há melhorias evidentes na equipa, apesar dos problemas que persistem relativamente às condições existentes em Macau. Continua a não haver campo. Mas há apoios e entusiasmo.
“As nossas presenças no campeonato da III Divisão de Hong dá-nos sem dúvida muito mais rodagem. Começámos finalmente a jogar, ou seja, temos progredido tacticamente. Temos já jogadas estudadas. Temos é de insistir na parte física. Vamos continuar a trabalhar, esperando que os jogadores façam também “trabalho de casa”, para que os progressos continuem. É possível puxar pelos jogadores. Entusiasmo não falta.”
Recorde-se que a verdadeira selecção de Macau, ainda que reforçada por dois ou três elementos de Hong Kong (cada vez menos se recorre a elementos da RAEK…), participou, pelo segundo ano consecutivo, na III Divisão de Hong Kong, tendo alcançado, nesta última época de 2007/2008, o sexto posto na primeira fase da competição, num grupo de nove formações. Depois, numa segunda fase, integrada na série B (dos mais fracos…), a formação macaense terminou em segundo e ganhou a Taça desse escalão.
Uma época por isso positiva, sabendo-se que Hong Kong tem um nível bastante elevado no râguebi e dezenas de equipas em actividade, com qualidade mesmo nas categorias inferiores, terceira e quarta divisão.
Macau já decidiu que vai dar seguimento à experiência dos últimos anos, mantendo-se o nome de Macau/SJM, por causa do patrocínio.
Os responsáveis pretendem manter a equipa na III Divisão, porque a subida já obrigaria a uma qualidade muito superior, que não se coaduna com as condições actualmente encontradas pela selecção, concretamente aqui no território, sem campo.
Chuva torrencial
mancha torneio
mancha torneio
Entretanto, no último sábado, mais uma azar para a organização do Torneio Internacional Ten’s da RAEM. Há três anos consecutivos que a prova decorre com chuva e quase sempre com chuva forte.
Voltou a acontecer, no relvado do Canídromo, facto que manchou a competição e que retirou brilho e espectáculo.
“Mas não deixou de se realizar”, como referiu ao PONTO FINAL, Ricardo Pina (Ricky), um dos jogadores da selecção macaense, que integrou a formação principal, que perdeu na final com Hong Kong Valley, por 21-0.
“Eles já vêm para ganhar e desta feita apresentaram-se reforçados com três elementos da selecção de Hong Kong, que ainda recentemente participou no Torneio das Nações Asiáticas. Por isso era bastante difícil vencer. Não tivemos hipóteses.”
O torneio contou com oito conjuntos, tendo faltado um e outro não confirmado, dias antes, a sua presença. Foram três equipas de Macau, outras três de Hong Kong, uma de Shenzhen e uma de Cantão.
“Foi de facto pena a chuva intensa que caiu e no próximo ano iremos tentar mudar a data, mas não queremos que o Torneio de Macau coincide com outras provas. Vamos estudar a melhor forma, só que é sempre difícil prever as questões do tempo. Relativamente à qualidade da prova, está cada vez melhor. É bom para nós.”
Relativamente ao desafio da próxima sexta-feira, em Jacarta, Ricardo salienta os progressos da selecção macaense e por isso “vamos lá para ganhar e manter a invencibilidade, apesar de irmos às escuras, no que diz respeito ao valor actual dos indonésios.”